
Multipliquei-me
Para me sentir
Para me sentir
Precisei sentir tudo
Transbordei
Não fiz senão
Extravazar-me
Despi-me
Entreguei-me
E há em cada canto
da minha alma
Um altar a um Deus diferente.
Fernando Pessoa
Certo dia escutando rádio ouvi uma voz maravilhosa, cantando um misto de jazz e blues, parecia uma grande musa do soul, alguma coisa muito boa, que há muito tempo não me encantava os ouvidos, andava com minha filha de carro e perguntei quem estava cantando, ela me disse que era uma cantora inglesa chamada Amy Winehouse, e junto me falou dos tropeços dessa mulher que gosta de um verdadeiro barraco, dos abusos com drogas e tudo o mais que todos já sabemos, mas como diz VIVIAN WHITEMAN, da Folha de S.Paulo,
“Os cabelos pretos, cheios de ondas vivas, passam longe do estilo louro-e-domesticado da maioria das cantoras jovens, e o visual é um mix original da moda anos 60 com os acessórios dourados dos rappers e dos "chavs" ingleses. As músicas revelam os traços de uma mulher geniosa, sincera, cool e divertida, capaz de rir da estupidez alheia e de suas próprias burradas, de confessar seus vícios e de contar como chorou largada no chão da cozinha por causa de um romance fracassado. Depois de tudo isso, fica difícil não se apaixonar por Amy Winehouse. Se a descrição não for convincente, basta apertar o play em "Back to Black", segundo CD da cantora da mais recente safra de talentos britânicos, para reconhecer suas qualidades nada ordinárias.”
Pois é, concordo plenamente quem escuta a Amy uma vez que seja acaba se encantando por suas músicas, por sua voz, por seu estilo soul, por seu talento.
Dia 23 de julho de 2008, quarta-feira, a cantora britânica, ganhou sua estátua de cera no museu Madame Tussauds, em Londres.
Neste mês, ela atingiu a marca de mais de 120 mil discos vendidos no Brasil e conquistou o disco de platina duplo. O número inclui vendas físicas e digitais do álbum "Back to Black".
Neste ano, a cantora foi a grande vencedora da 50º edição do Grammy, levando cinco dos seis troféus a que concorria: melhor performance de pop vocal feminino por "Rehab", melhor vocal de álbum pop por "Back to Black", melhor música do ano por "Rehab", melhor novo artista e gravação do ano por "Rehab".
É pouco ou quer mais?
Foi criada pelo escritor Roberto Freire no início dos anos 70 como uma terapia corporal e em grupo, baseada nas pesquisas do austríaco Wilhelm Reich. Buscando o desbloqueio da criatividade, os exercícios da Soma abordam a relação corpo e emoções presentes na obra de Reich, os conceitos de organização vital da Gestalterapia, os estudos sobre a comunicação humana da Antipsiquiatria e a arte-luta da Capoeira Angola. Os grupos de Soma duram um ano e meio, com encontros periódicos (quatro vivências por mês). Esta convivência possibilita a construção de uma dinâmica de grupo, onde o referencial ético é o Anarquismo. Esta é a maior originalidade da Soma: terapia como pedagogia política, onde o prazer e a liberdade são a saúde que combate a neurose capitalista da sociedade globalizada.
A Soma, enquanto terapia com uma ética anarquista, procura entender o comportamento político humano em sociedade a partir do cotidiano das pessoas. São as micro-relações que produzem o germe do autoritarismo social, num jogo de poder e sacrifício onde valores capitalistas como a propriedade privada, a competição, o lucro e a exploração já não devem ser tratadas apenas como questões de mercado e ideologia. É inegável a influência destes valores sobre áreas vitais das relações sociais, como no amor, por exemplo, onde sentimentos (ciúmes, posse, insegurança) e situações (competição, traição, mentiras) parecem reproduzir no micro-social todos os ranços e saldos do autoritarismo de Governos e Estados. Para a Soma, portanto, a política começa no cotidiano.
Apenas o racional e o lógico tornam-se insuficientes para compreender a imensa teia de controles impostos socialmente e seu impacto sobre a individualidade. É justamente este o grande paradoxo: como escapar das relações hierárquicas e autoritárias com os sentimentos e todas suas extensões emocionais contaminadas por algo que foge do campo das idéias, do pensamento. Este "algo mais", para além da razão, já foi objeto de estudos de filósofos e psicólogos e podemos chamar aqui de inconsciente, as motivações e estímulos, muitas vezes contraditórios, que extrapolam a racionalidade objetiva. O fato de se acreditar numa visão de mundo, numa ideologia, não basta para ter um comportamento libertário no amor, na família, nas relações afetivas. Infelizmente, parece mais fácil tentar ser livre fora de casa, longe da privacidade e exilado do corpo.
Foram estes questionamentos que levaram a criação da Soma, no início dos anos 70. Roberto Freire, militante clandestino lutando contra a ditadura militar, não encontrava na Psicanálise, metodologia que se formou e depois abandonou por divergências ideológicas, e na Psicologia tradicional, ferramentas necessárias para ajudar os conflitos emocionais e psicológicos de seus companheiros de luta que o procuravam buscando auxilio. Foi então buscar as pesquisas de um cientista renegado pelo meio acadêmico, o dissidente mais radical da Psicanálise: Wilhelm Reich. A partir daí, criou uma técnica terapêutica corporal e em grupo.
A Soma nasceu de uma pesquisa sobre o desbloqueio da criatividade, realizada no Centro de Estudos Macunaíma. Através de exercícios teatrais, jogos lúdicos e de sensibilização, Roberto Freire foi criando uma série de vivências que possibilitavam uma rica descoberta sobre o comportamento, suas infinitas e singulares diferenças. Perceber como o corpo reage diante de situações comuns no cotidiano das relações humanas, como a agressividade, a comunicação, a sensualidade, e sua associação com os sentimentos e emoções, permite um resgate daquilo que nos diferencia enquanto individualidade, para criar um jeito novo, a originalidade contra a massificação.
Assim, a Soma se construiu como um processo terapêutico com conteúdo ideológico explícito, o Anarquismo. A terapia tem tempo determinado (cerca de um ano e meio), para evitar a dependência terapeuta/cliente, e é realizada em sessões de três horas cada (são quatro por mês) em vivências com exercícios corporais ou dinâmicas de grupo. Depois de cada vivência, o grupo realiza a leitura da sessão, procurando verbalizar as sensações e percepções produzidas pelo exercício/dinâmica. A leitura pode ser tanto sobre si mesmo como sobre algum companheiro de grupo e é nesta etapa que o participante da Soma começa a produzir sua autonomia terapêutica, desenvolvendo um olhar e uma compreensão maior, a partir do corpo, sobre as atitudes e comportamentos políticos no cotidiano.
Para saber mais Soma vol.3 : leia o livro na íntegra
O projeto Software Livre Educacional estruturou-se no
9º Festival Internacional de Software Livre (FISL).
Seu objetivo principal é organizar
documentação e traduzir softwares livres que possam
ser utilizados na área educacional.
Esse sítio é uma das interfaces de interação com o projeto.
Aqui serão disponibilizadas documentações sobre
o uso pedagógico de softwares livres e traduções
(ou informações de como obtê-las)
de softwares livres educacionais.
Ele está em estágio inicial de desenvolvimento
e a idéia é agregar novas funcionalidades com o tempo.
Além sítio, atuamos também junto ao Projeto Classe,
que tem por objetivo catalogar os softwares livres
educacionais existentes.
Assim, evitamos dispersar esforços e trabalhamos juntos
na criação de um repositório único de informações
sobre esses softwares.
Mais informações podem ser obtidas no endereço abaixo:
http://sleducacional.org/
Entrevista:
O jeito de cuidar de Leonardo Boff
Leonardo Boff é conhecido mundialmente por seu trabalho, além de ser autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.
Em seus livros A Ética da Vida e Saber Cuidar, ele trata assuntos como a sobrevivência do planeta Terra e do próprio homem, da importância do cuidado na nossa vida, das diversas ecologias.
Mesmo com a agenda lotada, nos concedeu a seguinte entrevista:
"Hoje me vesti de outono.
E desliguei as luzes
daqueles longos tempos.
Andei pelas ruas, entre as
folhas. Enquanto a lua me
contava segredos.
Hoje me vesti de outono.
E os termômetros
resolveram ser gentis. Reli
os livros que ainda estão
sendo impressos. E
encontrei frases liláses,
púrpuras e violetas.
Hoje me vesti de outono.
E decidi ir comigo ao lugar
imaginário. Lá estava eu a
me esperar com uma
história. E isso era o que
menos contava.
Hoje me vesti de outono.
E o outono se vestiu para
para a vida. Pois quando
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou, no início deste mês, em Brasília, o Programa Computador Portátil para Professor. A iniciativa permite que professores de escolas públicas e privadas comprem um notebook por até R$ 1 mil. Para a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), a iniciativa é boa, mas é vista como um desafio. “Em primeiro lugar, é preciso ter uma noção de quantos computadores serão vendidos. Não temos essa noção, mas achamos que temos condições de enfrentar o problema e resolver. Este desafio passa por algumas variáveis, a primeira delas é o preço”, explica Irineu Govêa, diretor de Informática da ABINEE.
Além de pagar R$ 1 mil pelo computador, os educadores podem, ainda, financiar o valor em até dois anos. O governo acredita que, aproximadamente, 3,4 milhões de educadores possam se beneficiar do programa. Mas este número pode ser bem maior, pelo fato do notebook ser hoje um objeto de desejo. De acordo com estimativas da ABINEE, o mercado de notebooks crescerá 98% neste ano, chegando a 3.790.000 unidades.
A questão do preço é um dos principais desafios expostos pela associação. “O preço foi fixado em R$ 1 mil, mas não sabemos o que poderá acontecer com a cotação do câmbio. Hoje ela está favorável para a importação de componentes, mas o dólar tem uma variação. E boa parte dos componentes do laptop é importado”.
No início das discussões, a ABINEE chegou a colocar para o governo que não deveria haver um preço fixo. “Este preço é bastante agressivo, porque temos de fornecer um produto de ótima qualidade. Para isso, vamos buscar as peças no mercado. Como esses produtos serão entregues em regiões longínquas, onde muitas vezes não existem fábricas, o usuário precisará de assistência técnica, isso também tem custo. Há, ainda, o fator entrega, que é uma parceria feita com os Correios, e também tem um valor”, afirma Govêa. Outro fator relevante é a indústria ter condições de fornecer os componentes. São placas-mãe, memórias, HD, fontes etc, grande parte existe no mercado interno. “Isso é bom porque desenvolve o mercado de trabalho do país, mas, ao mesmo tempo, é preciso ter condições de atender. Vai depender da demanda, isso, por enquanto, é incógnito”.
A discussão do governo com o setor eletroeletrônico a respeito do programa foi bastante ampla. “A ABINEE foi interlocutora do Governo. Nós coligamos os fabricantes, que falaram por intermédio da ABINEE. E o governo também levou para a discussão os Correios, como parte integrante deste pacote, para poder fazer as entregas nas regiões”.
Irineu Govêa vê o Programa Computador Portátil para Professor de fundamental importância para a educação do País. “Hoje em dia você não pode falar em educação sem esse tipo de ferramenta. O computador é um grande facilitador para as atividades diárias do professor, ou seja, preparação de aula, pesquisa de informações, material didático, atividades assessórias”.
Os computadores começarão a ser vendidos a partir de setembro. Cada professor poderá comprar apenas um e o controle pelo CPF será feito pelos Correios. As empresas colocarão um informativo anunciando suas máquinas. Então, o professor escolhe a marca de sua preferência, qual terá uma garantia maior de assistência técnica etc. “Rapidamente o programa vai estar na rua. Vai caber ao professor fazer sua escolha”.
O computador deve ter, no mínimo, 512MB de memória, disco rígido de 40Gb, tela plana de LCD, acesso à redes sem fio de Internet e software livre com mais de 27 aplicativos, além de programas específicos para a área educacional, entre outras características técnicas.
... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência. Dulce Critelli, 2006.