quarta-feira, 30 de julho de 2008

POETANDO COM FERNANDO PESSOA...


Multipliquei-me
Para me sentir
Para me sentir
Precisei sentir tudo
Transbordei
Não fiz senão
Extravazar-me

Despi-me
Entreguei-me
E há em cada canto
da minha alma
Um altar a um Deus diferente.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 28 de julho de 2008

POETANDO COM ROBERTO FREIRE (BIGODE)



"Como demora a morrer
a juventude em mim.
Se recomeço a amar
eu me afasto do fim.
Amo ao contrário do tempo.
Não me posso envelhecer
Talvez eu venha a morrer
Como se estivesse nascendo."

Roberto Freire

FINALMENTE AS FÉRIAS...


Enfim férias, são só 5 dias mas... bom... antes isso do que nada né?
Desde ontem, domingo, que o dia está chuvoso, cinza e triste, também
o que fazer... aproveitar mesmo assim. Como? Ora, como! Escutando
muita Amy Winehouse, e lendo ou relendo bons livros. Aqui vai...

Para ler nestas férias:
  • PARTIR - Tahar Ben Jelloun
  • TERRA SONÂMBULA - Mia Couto
  • O OUTRO PÉ DA SEREIA - Mia Couto
Para reler dois bons livros:
  • OUTRA VOLTA DO PARAFUSO -Henry James
  • ENQUANTO AGONIZO - William Faulkner
  • O SOM E A FÚRIA - William Faulkner

sábado, 26 de julho de 2008

Um recadinho ...

http://www.photorkut.com/images/abracos.gif

AMY WINEHOUSE, ESCUTANDO BOA MÚSICA!



Certo dia escutando rádio ouvi uma voz maravilhosa, cantando um misto de jazz e blues, parecia uma grande musa do soul, alguma coisa muito boa, que há muito tempo não me encantava os ouvidos, andava com minha filha de carro e perguntei quem estava cantando, ela me disse que era uma cantora inglesa chamada Amy Winehouse, e junto me falou dos tropeços dessa mulher que gosta de um verdadeiro barraco, dos abusos com drogas e tudo o mais que todos já sabemos, mas como diz VIVIAN WHITEMAN, da Folha de S.Paulo,
Os cabelos pretos, cheios de ondas vivas, passam longe do estilo louro-e-domesticado da maioria das cantoras jovens, e o visual é um mix original da moda anos 60 com os acessórios dourados dos rappers e dos "chavs" ingleses. As músicas revelam os traços de uma mulher geniosa, sincera, cool e divertida, capaz de rir da estupidez alheia e de suas próprias burradas, de confessar seus vícios e de contar como chorou largada no chão da cozinha por causa de um romance fracassado. Depois de tudo isso, fica difícil não se apaixonar por Amy Winehouse. Se a descrição não for convincente, basta apertar o play em "Back to Black", segundo CD da cantora da mais recente safra de talentos britânicos, para reconhecer suas qualidades nada ordinárias.”
Pois é, concordo plenamente quem escuta a Amy uma vez que seja acaba se encantando por suas músicas, por sua voz, por seu estilo soul, por seu talento.
Dia 23 de julho de 2008, quarta-feira, a cantora britânica, ganhou sua estátua de cera no museu Madame Tussauds, em Londres.
Neste mês, ela atingiu a marca de mais de 120 mil discos vendidos no Brasil e conquistou o disco de platina duplo. O número inclui vendas físicas e digitais do álbum "Back to Black".
Neste ano, a cantora foi a grande vencedora da 50º edição do Grammy, levando cinco dos seis troféus a que concorria: melhor performance de pop vocal feminino por "Rehab", melhor vocal de álbum pop por "Back to Black", melhor música do ano por "Rehab", melhor novo artista e gravação do ano por "Rehab".

É pouco ou quer mais?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Notícias sobre o Programa Computador Portátil para Professor neste endereço:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10895

terça-feira, 22 de julho de 2008

sauvons l'humanité


Foi criada pelo escritor Roberto Freire no início dos anos 70 como uma terapia corporal e em grupo, baseada nas pesquisas do austríaco Wilhelm Reich. Buscando o desbloqueio da criatividade, os exercícios da Soma abordam a relação corpo e emoções presentes na obra de Reich, os conceitos de organização vital da Gestalterapia, os estudos sobre a comunicação humana da Antipsiquiatria e a arte-luta da Capoeira Angola. Os grupos de Soma duram um ano e meio, com encontros periódicos (quatro vivências por mês). Esta convivência possibilita a construção de uma dinâmica de grupo, onde o referencial ético é o Anarquismo. Esta é a maior originalidade da Soma: terapia como pedagogia política, onde o prazer e a liberdade são a saúde que combate a neurose capitalista da sociedade globalizada.

A Soma, enquanto terapia com uma ética anarquista, procura entender o comportamento político humano em sociedade a partir do cotidiano das pessoas. São as micro-relações que produzem o germe do autoritarismo social, num jogo de poder e sacrifício onde valores capitalistas como a propriedade privada, a competição, o lucro e a exploração já não devem ser tratadas apenas como questões de mercado e ideologia. É inegável a influência destes valores sobre áreas vitais das relações sociais, como no amor, por exemplo, onde sentimentos (ciúmes, posse, insegurança) e situações (competição, traição, mentiras) parecem reproduzir no micro-social todos os ranços e saldos do autoritarismo de Governos e Estados. Para a Soma, portanto, a política começa no cotidiano.

Apenas o racional e o lógico tornam-se insuficientes para compreender a imensa teia de controles impostos socialmente e seu impacto sobre a individualidade. É justamente este o grande paradoxo: como escapar das relações hierárquicas e autoritárias com os sentimentos e todas suas extensões emocionais contaminadas por algo que foge do campo das idéias, do pensamento. Este "algo mais", para além da razão, já foi objeto de estudos de filósofos e psicólogos e podemos chamar aqui de inconsciente, as motivações e estímulos, muitas vezes contraditórios, que extrapolam a racionalidade objetiva. O fato de se acreditar numa visão de mundo, numa ideologia, não basta para ter um comportamento libertário no amor, na família, nas relações afetivas. Infelizmente, parece mais fácil tentar ser livre fora de casa, longe da privacidade e exilado do corpo.

Foram estes questionamentos que levaram a criação da Soma, no início dos anos 70. Roberto Freire, militante clandestino lutando contra a ditadura militar, não encontrava na Psicanálise, metodologia que se formou e depois abandonou por divergências ideológicas, e na Psicologia tradicional, ferramentas necessárias para ajudar os conflitos emocionais e psicológicos de seus companheiros de luta que o procuravam buscando auxilio. Foi então buscar as pesquisas de um cientista renegado pelo meio acadêmico, o dissidente mais radical da Psicanálise: Wilhelm Reich. A partir daí, criou uma técnica terapêutica corporal e em grupo.

A Soma nasceu de uma pesquisa sobre o desbloqueio da criatividade, realizada no Centro de Estudos Macunaíma. Através de exercícios teatrais, jogos lúdicos e de sensibilização, Roberto Freire foi criando uma série de vivências que possibilitavam uma rica descoberta sobre o comportamento, suas infinitas e singulares diferenças. Perceber como o corpo reage diante de situações comuns no cotidiano das relações humanas, como a agressividade, a comunicação, a sensualidade, e sua associação com os sentimentos e emoções, permite um resgate daquilo que nos diferencia enquanto individualidade, para criar um jeito novo, a originalidade contra a massificação.

Assim, a Soma se construiu como um processo terapêutico com conteúdo ideológico explícito, o Anarquismo. A terapia tem tempo determinado (cerca de um ano e meio), para evitar a dependência terapeuta/cliente, e é realizada em sessões de três horas cada (são quatro por mês) em vivências com exercícios corporais ou dinâmicas de grupo. Depois de cada vivência, o grupo realiza a leitura da sessão, procurando verbalizar as sensações e percepções produzidas pelo exercício/dinâmica. A leitura pode ser tanto sobre si mesmo como sobre algum companheiro de grupo e é nesta etapa que o participante da Soma começa a produzir sua autonomia terapêutica, desenvolvendo um olhar e uma compreensão maior, a partir do corpo, sobre as atitudes e comportamentos políticos no cotidiano.

Para saber mais Soma vol.3 : leia o livro na íntegra

Pangea Day 2008 - Pale Blue Dot - by Carl Sagan

Recebi este e-mail e repasso a quem interessar.

O projeto Software Livre Educacional estruturou-se no
9º Festival Internacional de Software Livre (FISL).
Seu objetivo principal é organizar
documentação e traduzir softwares livres que possam
ser utilizados na área educacional.
Esse sítio é uma das interfaces de interação com o projeto.
Aqui serão disponibilizadas documentações sobre
o uso pedagógico de softwares livres e traduções
(ou informações de como obtê-las)
de softwares livres educacionais.
Ele está em estágio inicial de desenvolvimento
e a idéia é agregar novas funcionalidades com o tempo.
Além sítio, atuamos também junto ao Projeto Classe,
que tem por objetivo catalogar os softwares livres
educacionais existentes.
Assim, evitamos dispersar esforços e trabalhamos juntos
na criação de um repositório único de informações
sobre esses softwares.

Mais informações podem ser obtidas no endereço abaixo:

http://sleducacional.org/

segunda-feira, 21 de julho de 2008

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil,
os candidatos deveriam
responder a seguinte pergunta:

'Você tem experiência'?


A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será
sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

REDAÇÃO VENCEDORA:

Já fiz "cosquinha" na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis
de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém
especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre'
pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a
vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas.
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú,
chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
'Qual sua experiência?'.

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... Experiência...
Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta
pergunta:
Experiência? 'Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?'

The Original Backwards Video

Cadê o papel-carbono?

Outro dia tive saudade do papel-carbono. E tive saudade também do mimeógrafo a álcool. E tive saudade da velha máquina de escrever. E tive saudade de quando, no dizer de Rubem Braga, a geladeira era branca e o telefone era preto.
Os mais jovens nem sabem o que é papel-carbono ou mimeógrafo a álcool. Mas tive saudade deles, ou melhor, de um tempo em que eu não dependia eletronicamente de outros para fazer as mínimas tarefas. Uma torneira, por exemplo, era algo simples. Eu sabia abrir uma torneira e fazê-la jarrar água. Hoje tomar banho é uma peripécia tecnológica.Hoje até para tomer um elevador tenho que inserir um cartão eletrônico para ele se mover. Claro que tem o Google, essa enciclopédia no computador que facilita as pequisass( para quem não precisa ir fundo nos assuntos), mas muita coisa me intriga: por que cada aparelho de televisão de cada casa, de cada hotel tem um controle remoto diferente e a gente não consegue usá-los sem pedir socorro a alguém?
Olha, tanta tecnologia!...Mas além de não terem descoberto como curarr uma simples gripe, os elevedores dos hotéis ainda não chegaram a uma conclusão de como assinalar no mostrador que letra deve indicar a portaria.Será necessária uma medida provisória do presidente para uniformizar tal diversidade analfabética?
Outro dia, li que houve uma reunião em Baku, lá no Azerbaijão, congregando cérebros notáveis para decifrarem nosso presente e nosso futuro. Pois Jean Baudrillard * andou dizendo, com aquela facilidade que os franceses têm para fazer frases que parecem filosóficas, que o que caracteriza essa época que está vindo por aí é que o homem, leia-se corretamente homens e mulheres. ou seja, o ser humano, foi descartado pela máquina.( Isto a gente já sabe quando tente ligar para uma firma qualquer e uma voz eletrônica fica mandando a gente discar isto ou aquilo e volta tudo a zero e não obtemos a informação necessária.)
Deste modo estão se cumprindo dois vaticínios. O primeiro era de um vate mesmo - Vinícius de Moraes, que naquele poema "Dia da Criação" , fazendo considerações irônicas sobre o dia de "sábado" e os desígnios divinos, diz: " Na verdade, o homem não era necessário". É isto, já não somos necessários.
E a outra frase metida nessa encrenca é aquela da Bíblia, que dizia que o" sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado". Isso foi antigamente. Pois achávamos que a máquina havia sido feita para o homem, mas Baudrillard, as companhias aéreas e as telefônicas mais os servidores de informática nos convenceram que " o homem é que foi feito mpara a máquina". Ao telefone só se fala com máquinas, e algumas empresas - esses servidores de informática - nem seus telefones disponibilizam. Estou, por exemplo, há quatro meses tentanto falar com alguém no "hotmail" e lá não tem viv'alma, só fantasmas eletônicos sem rosto e sem voz.
Permita-me, eventual e concreto leitor, lhe fazer uma pergunta indiscreta. Quanto tempo diariamente você está gastando com e-mails? Quanto tempo para apagar o lixo e responder bobagens? Faça a conta, some. Vai ficar estarrecido.
Drummond certa vez escreveu: "Ao telefone perdeste muito tempo de semear". Ele é porque não conheceu a internet, que tanto quanto o celular, usada desregradamente é a grande sorvedora de tempo da pós-modernidade.
Poe estas e por outras é que estou pensando seriamente em voltar ás cartas, quem sabe ao pergaminho. E a primeira medida é reencontrar o papel-carbono.
Cadê meu papel-carbono?



*Filósofo francês, crítico da sociedade de consumo e um dos teóricos da pós-modernidade. Jean Baudrillard (1929-2007) publicou cerca de cinqüenta obras, entre elas A sociedade de consumo (1970) e Simulacros e simulação (1981). (N.E.)
DITADOS DO SÉCULO 21

1 - A pressa é inimiga da conexão.
2 - Amigos, amigos, senhas à parte.
3 - Antes só que em chats aborrecidos.
4 - A arquivo dado não se olha o formato.
5 - Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.
6 - Para bom provedor uma senha basta.
7 - Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
8 - Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
9 - Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.
10 - Hacker que ladra, não morde.
11 - Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
12 - Mouse sujo se limpa em casa.
13 - Melhor prevenir do que formatar.
14 - O barato sai caro. E lento.
15 - Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.
16 - Quando um não quer, dois não teclam.
17 - Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.
18 - Quem clica seus males multiplica.
19 - Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
20 - Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
21 - Quem não tem banda larga, caça com modem.
22 - Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.
23 - Quem semeia e-mails, colhe spams.
24 - Quem tem dedo vai a Roma.com.
25 - Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.
26 - Vão-se os arquivos, ficam os back-up.
27 - Clique onde eu digo, mas não clique onde eu clico!
28 - Como diz aquele novo ditado... De clique em clique,
você fica viciado em internet!
29 - De internauta, programador e hacker, todo mundo
tem um pouco!
30 - Dedo mole em tecla dura, tanto bate até que
acostuma!
31 - É nos menores chips que se encontram as
melhores informações.
32 - Em casa de programador, o espeto é de fibra ótica!
33 - Memória não é documento!
34 - Na internet, as melhores coisas são imorais e
ilegais.
35 - Não adianta chorar pelo link clicado!
36 - Não deletei, não sei quem deletou e tenho raiva de
quem deleta.
37 - Não há nada como um clique após o outro!
38 - O back-up morreu de velho.
39 - Olho por olho, clique por clique!
40 - Programa velho é que faz site bom...
41 - Quem é vivo sempre fica online!
42 - Quem não clica não petisca!
43 - Quem não tem banda larga, caça com modem.
44 - Quem tem winchester, tem medo!
45 - Quem vê nick não vê cara e muito menos coração!
46 - Ruim com o seu micro, pior com o meu!47 - Se correr o hacker pega, se ficar o hacker come!
48 - Se Maomé não vai até a montanha, ela envia um
e-mail...
49 - Tendinite pouca é bobagem!
50 - Vírus no winchester dos outros é refresh.
51 - Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua
ou é impressão minha?
52 - Aluno de informática não cola, faz backup.
53 - O problema do computador é o USB (Usuário Super
Burro).
54 - Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se
copia… e depois se cola.
55 - O Natal das pessoas viciadas em computador é
diferente.
56 - No dia 25 de dezembro, o Papai Noel desce pelo
cabo de rede, sai pela porta serial e diz: Feliz Natal,
ROM, ROM, ROM!

E
nviado por: Anna Eliza Fürich

domingo, 20 de julho de 2008

http://i121.photobucket.com/albums/o207/bicfomh/rec/mensagensdevida/mensagens043.gif

Entrevista:
Ética para a vida

O jeito de cuidar de Leonardo Boff

Leonardo Boff é conhecido mundialmente por seu trabalho, além de ser autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.
Em seus livros A Ética da Vida e Saber Cuidar, ele trata assuntos como a sobrevivência do planeta Terra e do próprio homem, da importância do cuidado na nossa vida, das diversas ecologias.
Mesmo com a agenda lotada, nos concedeu a seguinte entrevista:

Construir Notícias – Em seus livros a ética está muito presente. Como define a “ética”. Por que ela é tão necessária e importante atualmente?

Leonardo Boff – A ética surge quando o outro emerge diante de nós. Que atitude tomar diante do outro? Não podemos ficar indiferentes. Mesmo o silêncio é uma atitude. Podemos acolher o outro, podemos rejeitá-lo, subordiná-lo e até agredi-lo e eliminá-lo. Essas atitudes configuram a ética. Ela será benfazeja quando faz do distante um próximo e do próximo um aliado e um irmão e irmã. Nesta perspectiva, bom é tudo aquilo que aproxima as pessoas ou que corresponde de forma benfazeja às realidades circunstantes; bom é tudo o que cuida e expande a vida em todas as suas formas; mau é tudo o que ameaça, diminui e destrói a vida. A regra de ouro da ética quando confrontada com o outro é: “faça ao outro o que você quer que lhe façam a você”.Hoje pesa sobre a humanidade e o sistema da vida o pesadelo da depredação e até da destruição da vida e do projeto planetário humano. Somos todos vítimas de práticas que exploram pessoas, classes, paises, ecossistemas e o sistema Terra. São éticas anti-vida. Em razão disso, faz-se urgente uma ética salvadora e benfazeja que garanta a vida e o futuro do Planeta. Sem ética e uma cultura de valores espirituais que a acompanham não afastaremos o pesadelo e o encontro com o pior. Precisamos de uma ética mínima fundada do cuidado de uns para com os outros, com a vida e o Planeta, uma ética da cooperação e da solidariedade de todos com todos pois somos interdependentes e só podemos viver e sobreviver juntos, uma ética da responsabilidade que toma consciência das conseqüências benéficas ou maléficas de nossas práticas e uma ética da compaixão que se mostra sensível para quem menos tem e menos é, para que não se sinta excluído mas inserido na comunidade de vida.


CN – A ética é um dos temas transversais da educação. Como os professores podem e devem vivenciá-la em suas salas de aula, escolas e famílias? Quais os benefícios e conseqüências trazidos por uma convivência fundamentada na ética?

LB – O primeiro passo consiste em despertar nos educandos a dimensão ética, respondendo à pergunta básica: como você trata seus pais, irmãos, amigos, colegas, o pobre que encontra na rua, o bichinho que atravessa a estrada, a planta que temos em casa? Como me trato a mim mesmo (eu sou o outro diante de mim mesmo), sou veraz, transparente? Como vejo atitudes éticas e anti-éticas nas novelas, na propagada, nos programas de televisão? Aqui se trata de desenvolver o espírito crítico. Em seguida, lembrar a regra de ouro: o que você gostaria que fizessem a você? Elencar as coisas e atitudes que você gostaria que se fizessem. Em seguida, faça a mesma coisa aos outros, como prescreve o preceito ético mínimo. Por fim, suscitar uma utopia ética: como imaginamos o mundo globalizado dentro de padrões éticos de cooperação, respeito à vida, sinergia com a natureza, reverência face ao mistério do universo, chamado Deus? E por fim como podemos fazer as revoluções moleculares, quer dizer, que passos concretos, bem práticos, cada um pode fazer para ser uma pessoa mais ética, mais sensível a valores, mais cooperativa, mas aberta a aprender com os diferentes? Como se depreende, aqui há todo um programa ético, dignificado da vida e atento ao futuro, à integridade e à beleza da natureza.


CN – Na verdade, as pessoas sabem o que é eticamente correto, no entanto, suas atitudes, por inúmeras razões, tendem a “passar por cima” dela, pois a ética já existe, ela não é respeitada, mas existe. O Sr. propõe uma nova ética. Qual a diferença entre a “antiga” ética, que acredito ser a que conhecemos mesmo não sendo respeitada, e esta nova ética? Como é esta nova ética? Como ela se estabelece?

LB – Não proponho uma nova ética. Mas o resgate de uma ética mais originária, ligada imediatamente, à vida e tudo o que pertence à vida. Esta ética ancestral precisa ser redita e atualizada para o contexto de nossa cultura dominante. Esta possui também a sua ética. A cultura dominante se estrutura ao redor da categoria poder. O poder é entendido e exercido como dominação da natureza, de povos sobre outros, de classes sobre classes, de pessoas sobre outras pessoas. Predomina a lógica do interesse individual e não a lógica do diálogo, do encontro e da comunhão. A lei mais forte é a da competição e não da cooperação. Por isso há tantos excluídos e marginalizados, pois na competição só um ganha e todos os demais perdem, como é exemplar no esporte e no mercado. Precisamos da lógica da gratuidade, do respeito do outro e da cooperação de todos com todos. É a lei de John Nash, do ganha-ganha, onde mediante o diálogo, negociação e aliança todos ganham e todos co-evoluem, projeto tão bem mostrado no filme “Uma mente brilhante”. Hoje somos urgidos a viver esta lógica, pois não há mais uma arca de Noé que salva alguns e deixa perecer os demais. Agora ou nos salvamos todos ou nos perdemos todos.


CN – No seu livro Saber Cuidar o Sr. analisa uma fábula de Higino sobre o cuidado. Nele o CUIDADO é proposto com essência humana, sendo mais fundamental até do que a razão e a vontade. Qual a explicação para essa concepção?

LB – Vida sem cuidado não existe. Se não cuidarmos de um recém nascido em poucas horas ele morre. Mesmo depois, tudo deve ser cuidado para durar mais e mesmo para sobreviver. Se não cuidarmos dos alimentos nos podemos envenenar, se não cuidarmos no tráfego podemos ser atropelados e morrer e assim por diante. O cuidado é a pré-condição que permite a reprodução da vida, cria espaço para que surja a inteligência, a liberdade e a criatividade. Sem o cuidado essas coisas não teriam condições de emergir. Por isso o cuidado é como dizia o poeta Horário, a sombra que nos acompanha sempre. É a essência do humano, pois é aquela instância mínima que condiciona, suporta e garante a existência de tudo o mais no ser humano. Daí pertencer o cuidado à essência em grau zero de todo tipo de vida, especialmente, da vida humana. E o cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade, relação que protege e dá segurança à vida. Onde há cuidado não há violência. Bem dizia Gandhi: a política é o cuidado para com a coisa pública, o gesto amoroso para com o povo e suas necessidades.


CN – O Sr. defende que devemos ter como perspectiva a fase planetária e ecológica da humanidade. O que é esta fase, como ela se encontra presente no nosso cotidiano e qual a sua relação com a ética?

LB – Graças à inter-relação que os seres humanos estabeleceram entre si pelo comércio mundial, pelas comunicações, pelas viagens e trocas culturais, entramos numa fase nova da humanidade, a fase planetária. Os povos que estavam reclusos em suas culturas e regiões começam a se encontrar num único lugar, vale dizer, no mesmo planeta Terra. Descobrimos a família humana, com muitos membros, de cores e valores diferentes, mas todos, representantes da mesma família humana. E nos damos conta de que Terra e humanidade possuem uma mesma origem e teremos um mesmo destino. Comparecemos juntos face ao futuro. E aí se levantam questões fundamentais: como garantirmos uma convivência minimamente pacífica e humana entre todos? Como preservar a Casa Comum para que todos possam caber dentro dela, a natureza incluída? Como evitar digladiações e lacerações que podem comprometer o futuro de todos? Ai se impõe um consenso mínimo em termos de comportamentos e atitudes. Ora a ética se ocupa exatamente destas questões. Dai a preocupação de estabelecer um consenso mínimo sobre alguns valores sem os quais não poderemos viver juntos nem garantir o futuro comum, na linha que expus na primeira questão respondida acima, o cuidado, a cooperação, a co-responsabilidade e a compaixão.


CN – O Sr. propõe um novo olhar sobre a concepção de ecologia, inclusive propõe uma classificação: ecologia ambiental, ecologia social, ecologia mental e ecologia integral. Quais as características de cada uma delas e como se relacionam com a ética?

LB – A ecologia é a ciência que estuda as relações que todos os seres entretém entre si e com o meio circundante. É a ciência da casa, hoje, coletiva, que é o Planeta Terra. A primeira relação é com o mundo circundante, o assim chamado meio-ambiente. Dele tiramos nosso sustento e do conjunto das relações garantimos nossa vida. Mas se repararmos bem, não existe meio-ambiente, mas o ambiente inteiro, pois nós fazemos parte dele. Na verdade o que existe, é a comunidade de vida da qual nós somos um dos membros. Face à ela surge uma indagação ética: como devemos agir para que conservemos esta comunidade de vida e juntos possamos coexistir e co-evoluir? Como seres sociais nos descobrimos dentro de uma rede de relações que podem ser de cooperação, de competição e de conflito. Aqui é o campo da justiça ou injustiça social.Juntos podemos manter relações de benevolência para com a natureza ou de depredação e expoliação. Aqui pode surgir a injustiça ecológica, pois agredimos ecossistemas ou exploramos de forma irresponsável recursos escassos como a água potável ou não renováveis como o petróleo. Como criar sociedades integradas cujo desenvolvimento seja feito com a natureza e não à custa dela? Dentro de nossa mente vigem pulsões, preconceitos, visões de mundo distorcidas, concentração apenas no ser humano, como se os demais seres só tivessem valor e sentido quando ordenados ao ser humano. Em razão de tais conteúdos mentais podemos desmatar, poluir águas, discriminar pessoas por causa de sua etnia, religião ou opção sexual. Desmontar tais estruturas é permitir que as pessoas se aproximem, que a natureza seja respeitada e que se reduzem os conflitos desnecessários nas sociedades humanas. Integrar o mundo interior dos desejos, dos arquétipos e dos conteúdos mentais com o mundo exterior da natureza com sua imensa diversidade é desafio posto para o processo de individuação e para a serenidade e a paz do ser humano pessoal e coletivo. Por fim existe a ecologia integral. O ser humano se dá conta que é parte e parcela de um todo maior, do Planeta Terra, do sistema solar, de nossa Galáxia, enfim, do universo. Captamos a majestade do céu estrelado, a imensa complexidade e biodiversidade da natureza, a profundidade do amor. Colocamos indagações terminais, como: de onde viemos, para onde vamos, que estamos fazendo nesse mundo, qual é o nosso lugar no conjunto dos seres, que podemos esperar depois desta vida? E por último, percebemos o fio condutor que une e re-une todos as coisas fazendo que não estejam desconectadas por aí, mas interconectadas entre si formando uma imensa harmonia e sinfonia. É a dimensão espiritual e integral da ecologia. A ecologia hoje representa o novo paradigma civilizacional, holístico, integrador e espiritual. Ela nos ajuda a voltar à comunidade de vida da qual nos exilamos e nos desperta reverência e devoção diante do Mistério de todas as coisas que chamamos Deus.

Poesia Animação

Desencontrários

Mandei a palavra rimar
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em silêncio, em rosa
em grego, em silêncio, em prosa
Pareceu fora de si.
Silaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar
e ela se foi num labirinto
fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um imperfeito extinto.

Paulo Leminski

sábado, 19 de julho de 2008

Adoro este vídeo!!!

"Hoje me vesti de outono.

E desliguei as luzes

daqueles longos tempos.

Andei pelas ruas, entre as

folhas. Enquanto a lua me

contava segredos.

Hoje me vesti de outono.

E os termômetros

resolveram ser gentis. Reli

os livros que ainda estão

sendo impressos. E

encontrei frases liláses,

púrpuras e violetas.

Hoje me vesti de outono.

E decidi ir comigo ao lugar

imaginário. Lá estava eu a

me esperar com uma

história. E isso era o que

menos contava.

Hoje me vesti de outono.

E o outono se vestiu para

mim. Ambos nos vestimos

para a vida. Pois quando

vimos já era inverno."

sexta-feira, 18 de julho de 2008

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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fico Assim Sem Você | Adriana Calcanhotto - [clipe]

Adriana CalcanhottoFico Assim Sem Você

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu, assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu, assim, sem você...
Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu, assim, sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu, assim, sem você...
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...
Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu, assim, sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu, assim, sem você...
Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...
Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...

Para o meu filho que está longe
e que sinto
muita, muita e muita saudade.

Ligações.

Não estávamos no mundo para preencher nossas expectativas.
Fomos sempre nós mesmos e somente em relação um ao outro.
Porque te amei, tu não precisastes de mim. Porque tu me amastes,
eu não precisei de ti.
No amor jamais nos deixamos completar fomos um para o outro
deliciosamente desnecessários.
Nada nos limitava, nada nos detinha, nada nos sujeitava.
Viver a intensidade foi a nossa própria substância e nessa liberdade
criávamos nossas ligações com o mundo e nele exercitávamos
despreocupadamente nosso amor.
Tornamo-nos mais leve e mais leve ficou o mundo.
Projetávamo-nos no imaginário e permitiamo-nos manter
à distância a mediocridade da vida, desafiando o bom senso,
o bom gosto, o tédio e as dúvidas.
E no livre exercício do encontro descontruímos o infinitamente finito.

Alianças Políticas


... E precisa dizer alguma coisa mais???
"Eu sou a folha arrancada
do ramo da laranjeira
Que anda sempre machucada
para verem que ainda cheira."

C. Meireles

PARA TODOS OS MEUS...

Para todos os meus amigos,

meus encantos, meus amores

e meus carinhos...

Squeak in Brazil

Com o tempo as coisas que um dia foram tão importantes para nós às vezes voltam e com uma força tão impetuosa que parece que nunca tínhamos deixado de querê-las, estou achando isso muito engraçado, e fiquei pensando por quê agora? Sim, mas realmente o que voltou com essa força toda e por quê voltou assim? A vontade é de ter um cachorro comigo, muita vontade, uma vontade real. E qual é o problema em ter um cachorro? O problema é que sempre achei engraçado aquelas senhoras de minha idade que saiam para passear com seu cachorrinho todos os dias, outro é que moro em um apartamento e sou "professora do estado " e portanto meu salário é miserável para sustentar um cachorro, além disso minha filha que mora comigo diz que se o cachorro entrar por uma porta ela sai pela outra, difícil não? Mas e por quê essa vontade agora e tão forte que me faz entrar nos sites, procurando algum que se adequasse ao tamanho do ap, pois não gosto daqueles pequenos e latidores, e queria poder ter um cachorro com jeito de cachorro grande,cachorro grande sempre foi possível quando em criança eu morava em casa com pátios, e com canil e tudo o mais necessário para abrigar um cachorro confortavelmente. Acho que estou descobrindo que a vontade de ter essa vontade é justamente o acúmulo da idade, é sim, tenho os meus 52 anos bem vividos, mas estou me aposentando e isso faz a diferença, sempre vivi rodeada de crianças e de colegas e de tudo que gostava, claro que estou gostando de fazer uma parada já é mais do que tempo, 30 anos de atividade em escola de ensino fundamental e médio faz qualquer um pirar na batatinha, e eu não sou diferente, mas nada impede que aquela vozinha enjoativa fique irritando nossos pensamentos "e agora? "quem irá substituir aqui?", e assim sabemos que o Chapolin Colorado não existe e não virá nos salvar, mas sempre resta a paixão de outros tempos que reaparece com toda a força, aquele cãozinho, aquele psiu, eih,eih tu aí, aquele, aquele que apareceu no site e que você soube por um menino que andava passeando com seus 2 cachorros quando você ( no caso eu, euzinha mesmo, que passava mil vezes por meninos levando seus cães para passear na redenção e nunca dava nem uma olhadinha) vinha da escola e parei para saber que raça de cão eu poderia ter que não fosse grande, mas que tivesse cara de cachorro grande, e mais não fosse latidor. E não é que ele existe? Olha ele aí, não é lindão esse cachorrinho? E aí como é que fico, e as férias, e as viagens, e os passeios que tanto pensei fazer quando me aposentasse? É, não sei ainda, mas total vou assinar minha aposentadoria só no outro mês até lá, sigo pensando, pesando e visitando sites e sites de Buldogue Francês, aquela raça que o menino me disse que era legal para ter em apartamento. E será que cabe mesmo em um ap?????????????????

terça-feira, 15 de julho de 2008

Debate

ABINEE aprova notebook de R$ 1 mil para professor, mas considera iniciativa um desafio para o setor


O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou, no início deste mês, em Brasília, o Programa Computador Portátil para Professor. A iniciativa permite que professores de escolas públicas e privadas comprem um notebook por até R$ 1 mil. Para a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), a iniciativa é boa, mas é vista como um desafio. “Em primeiro lugar, é preciso ter uma noção de quantos computadores serão vendidos. Não temos essa noção, mas achamos que temos condições de enfrentar o problema e resolver. Este desafio passa por algumas variáveis, a primeira delas é o preço”, explica Irineu Govêa, diretor de Informática da ABINEE.

Além de pagar R$ 1 mil pelo computador, os educadores podem, ainda, financiar o valor em até dois anos. O governo acredita que, aproximadamente, 3,4 milhões de educadores possam se beneficiar do programa. Mas este número pode ser bem maior, pelo fato do notebook ser hoje um objeto de desejo. De acordo com estimativas da ABINEE, o mercado de notebooks crescerá 98% neste ano, chegando a 3.790.000 unidades.

A questão do preço é um dos principais desafios expostos pela associação. “O preço foi fixado em R$ 1 mil, mas não sabemos o que poderá acontecer com a cotação do câmbio. Hoje ela está favorável para a importação de componentes, mas o dólar tem uma variação. E boa parte dos componentes do laptop é importado”.

No início das discussões, a ABINEE chegou a colocar para o governo que não deveria haver um preço fixo. “Este preço é bastante agressivo, porque temos de fornecer um produto de ótima qualidade. Para isso, vamos buscar as peças no mercado. Como esses produtos serão entregues em regiões longínquas, onde muitas vezes não existem fábricas, o usuário precisará de assistência técnica, isso também tem custo. Há, ainda, o fator entrega, que é uma parceria feita com os Correios, e também tem um valor”, afirma Govêa. Outro fator relevante é a indústria ter condições de fornecer os componentes. São placas-mãe, memórias, HD, fontes etc, grande parte existe no mercado interno. “Isso é bom porque desenvolve o mercado de trabalho do país, mas, ao mesmo tempo, é preciso ter condições de atender. Vai depender da demanda, isso, por enquanto, é incógnito”.

A discussão do governo com o setor eletroeletrônico a respeito do programa foi bastante ampla. “A ABINEE foi interlocutora do Governo. Nós coligamos os fabricantes, que falaram por intermédio da ABINEE. E o governo também levou para a discussão os Correios, como parte integrante deste pacote, para poder fazer as entregas nas regiões”.

Irineu Govêa vê o Programa Computador Portátil para Professor de fundamental importância para a educação do País. “Hoje em dia você não pode falar em educação sem esse tipo de ferramenta. O computador é um grande facilitador para as atividades diárias do professor, ou seja, preparação de aula, pesquisa de informações, material didático, atividades assessórias”.

Os computadores começarão a ser vendidos a partir de setembro. Cada professor poderá comprar apenas um e o controle pelo CPF será feito pelos Correios. As empresas colocarão um informativo anunciando suas máquinas. Então, o professor escolhe a marca de sua preferência, qual terá uma garantia maior de assistência técnica etc. “Rapidamente o programa vai estar na rua. Vai caber ao professor fazer sua escolha”.

O computador deve ter, no mínimo, 512MB de memória, disco rígido de 40Gb, tela plana de LCD, acesso à redes sem fio de Internet e software livre com mais de 27 aplicativos, além de programas específicos para a área educacional, entre outras características técnicas.

O filme “Escritores da

Liberdade” e a função do

pensamento emHannah Arendt


por Raymundo de Lima
... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.
Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência. Dulce Critelli, 2006.
Há muitos filmes americanos sobre escola, mas não como "Escritores da Liberdade". (Freedom Writers, EUA, 2007). Porque é o único filme dessa categoria que incentiva os alunos a lerem literatura, ponto de partida para testar a vocação de cada um para escrever dede um diário sobre o cotidiano trágico de suas vidas até uma poesia hip hop ou um livro de ficção. O valor desse filme também está na ousadia da linguagem cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-culturais que atingem a escola contemporânea; também porque ele dá visibilidade à diversidade dos grupos, com seu rígido código de honra, cada um no seu território, o narcisismo da recusa e da intolerância para com “os outros”, o boicote às aulas, a prontidão para aumentar os índices de violência entre os jovens e transformar a escola no seu avesso, isto é, uma comunidade bem próxima da barbárie, o que de fato vai acontecer em 1992, em Los Angeles, EUA.
O filme é baseado na história real de Erin (interpretada por Hilary Swank[1]), uma professora novata interessada em lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes resistentes ao ensino convencional; alguns estão ali cumprindo pena judicial, e todos são reféns das gangues avessas ao convívio pacífico com os diferentes.
Como em outros filmes sobre turmas problemáticas, a professora Erin toma sua tarefa como um grande desafio: educar e civilizar aquela turma esquizofrênizada e estigmatizada como “os sem-futuro” pelos demais professores. Percebe que seu trabalho deve ir para além da sala de aula, por exemplo, visitando o museu do holocausto, possibilitando aos jovens saber os efeitos traumáticos da ideologia da “grande gangue” nazista, que provocou a 2ª. Guerra Mundial e o holocausto, e também reconhecer as semelhanças com suas “pequenas gangues” da escola. Nota: a palavra “holocausto”[2], referida no filme, é usada mais pelos judeus. E, “genocídio”[3] é o termo cunhado pelo Direito Internacional do pós Guerra. Ambas significam o ato racional de eliminação de seres humanos em escala inimaginável (conferir nota de rodapé).
O método da jovem professora consistiu em entregar para cada aluno um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares e sociais. Também, instigou-os a ler livros como "O Diário de Anne Frank" com o propósito de despertar alguma identificação e empatia, ainda que os personagens vivam em épocas diferentes; a partir de eventuais encontros imaginários cada aluno poderia desenvolver uma atitude especial de tolerância para com o “outro”. Na vida real, os diários foram reunidos em um livro publicado nos Estados Unidos, em 1999, e terminaram inspirando o diretor Richard LaGravenese para fazer esse filme.
Formada em Direito, Erin se torna professora, desagradando seu pai e marido. No início, ela demonstra ingenuidade, timidez, curiosidade e determinação; sua vocação para o magistério vai se construindo conforme os desafios que ela encontra entre os alunos e ao lidar com a burocracia e o conservadorismo dos funcionários do sistema pedagógico da escola. Os judeus nova-iorquinos diriam que o diferencial de Erin é ela ter “chutzpah”: ousadia, garra, determinação, toma iniciativa, ir-à-luta. Os diversos obstáculos próprios de qualquer sistema escolar faz com que ela se sinta desafiada a fazer algo-mais.
Seu estilo não é teatral, tal como os professores protagonistas dos filmes “O triunfo”, “Sociedade dos poetas mortos”, “Escola da vida”. Também não é autoritária como “Meu mestre, minha vida”, e nem experimentalista como é o professor Ross, do filme “A onda”. Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Primeiro, ela tenta “dar aula” segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante. Uma aluna questiona pra que serve aprender tal conteúdo abstrato considerado inútil para melhorar sua vida real; outro dirá que o fato de ela ser professora “branca” não é suficiente para ele respeitá-la. Cabe à professora ter argumentos consistentes que respondam essas questões imprescindíveis na escola contemporânea. No segundo momento, Erin faz o reconhecimento dos grupos de iguais (narcísicos), e, obviamente sente empatia com os excluídos. Terceiro, devolve aos alunos esse reconhecimento com um pensamento crítico, fazendo-os reconhecer, sentir e pensar sobre a realidade criada por eles próprios. Quarto, não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de exclusão para com os diferentes. Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento como sujeito-de-sua-história.
Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola levar os alunos para pensar e a perda da autoridade dos pais e professores. Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos à tirania de uma maioria qualquer (grupo social, tribos, gangs) e de um líder carismático ou populista. Portanto, o ato educativo de Erin é ao mesmo tempo político e ético, porque visa transformar alunos “não-pensantes”, “incivilizados”, “não-humanizados”, em seres humanos que podem exercitar o pensamento crítico sobre a realidade e seus atos; suas propostas de dinâmicas com os grupos leva-os a rememorar situações e rever suas posições na história de cada um, podendo até criar em cada aluno uma nova ética que melhor orienta seus gestos e palavras para evitar magoar o seu próximo. As dinâmicas e debates em sala de aula desmarcaram o recorrente discurso vitimista desses grupos, que tendem ao comodismo da sua desgraça, e ao mesmo tempo projeta no outro a responsabilidade pela sua própria irresponsabilidade ou fracasso como sujeito-cidadão no meio social. É preciso que cada qual se responsabilize e se comprometa “fazer sua parte”, ou como diz a velhinha que abrigou Anne Frank: “fazer a coisa certa” ou ética, como uma pessoa comum, anônima, e representante do que é ser civilizado.
Uma educação que não exercita o ato de pensar, com todos os seus riscos, além da própria ausência de pensamento, tem como efeito o não comprometimento, o não tomar decisões, ou não se responsabilizar por elas. “A tarefa fundamental do pensar é descongelar as definições que vão sendo produzidas, inclusive pelo conhecimento e pela compreensão e que vão sendo cristalizados na história. A tarefa do pensar é abrir o que os conceitos sintetizam, é permitir que aquilo que ficou preso nos limites da sua própria definição seja liberado. É livrar o sentido e o significado dos acontecimentos e das coisas da camisa-de-força dos conceitos” (CRITELLI, 2006, p. 80).
É preciso, portanto, criar dispositivos – como ler, escrever, falar elaborado – que “operem como obstáculo para que aqueles que não se decidiram a ser maus não cometam maldades” (CORREIA, A. 2006, p. 50). Conforme diz Arendt: “os maiores malfeitores são aqueles que não se lembram porque nunca pensaram na questão, e, sem lembrança, nada consegue detê-los [...]. O maior mal não é radical, mas possui raízes, e, por não ter raízes, não tem limitações, pode chegar a extremos impensáveis e dominar o mundo todo”, como foi a trágica experiência dos regimes totalitários, o nazi-fascismo e o stalinismo.
Para alguns, é insuficiente o(a) professor(a) apenas “fazer sua parte”, visto existir um mundo para além dos limites de sua sala de aula. Mas, a lição da professora do filme está em “fazer-bem-sua-parte” exatamente no ponto nevrálgico e temporal que é a educação: ser um ato civilizatório entre o passado e o futuro. Diz ela: “A tarefa da educação é justamente a de apresentar o mundo às gerações do presente, tentando fazê-las conscientes de que comparecem a um mundo que é o lar comum de múltiplas gerações humanas. Ao conscientizá-los do mundo a que vieram, estas deverão compreender a importância de sua relação e ligação com as outras gerações, passadas e vindouras. Tal relação se dará, primeiro, no sentido de preservar o tesouro das gerações passadas, isto é, no sentido de a geração do presente tomar o cuidado de trazer a esse mundo sua novidade sem que isso implique a alteração, até o irreconhecimento, do próprio mundo, da construção coletiva do passado(apud FRANCISCO, 2006, p.35).
Tal posicionamento pedagógico-político-ético da função docente deve ser marcado pela sua autoridade, sensibilidade, e senso de inovação, que ao ser testado na realidade cotidiana da escola costuma pagar um preço em forma de resistências, incompreensões e críticas maldosas. Assim posicionado nesse tripé é que o docente pode tanto se defender dos ataques de fora como resistir às frustrações advindas do seu próprio trabalho. Também, a partir desse estilo ela pode melhor se preparar para evitar cair no criticismo raso dirigido ao sistema, como forma única de luta; ou seja, a experiência tem demonstrado que muitos na escola e na universidade usam de verbosidade sem ação, não se comprometem de corpo e alma testando táticas inovadas de lutas (no sentido da esquerda política) visando melhorar a qualidade do ensino; outros ficam esperando que o governo ou dono de escola tomem iniciativas, ou autorizem (o)a professor(a) fazer algo inovador no seu trabalho docente no sentido de reverter o baixo rendimento dos alunos, por exemplo.
Que cada professor(a) faça diferença no seu ato de ensinar. O ensino regular visa levar os alunos aprenderem os conteúdos programados pelos currículos. Contudo, não se pode ensinar sem incluir também uma mudança educativa. Um ensino sem educação para o pensar é vazio de sentido prático e existencial. Uma educação sem aprendizagem dos conteúdos também é vazia e tende a degenerar em retórica moral e emocional. Ensinar e educar implicam em responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola; implica, ainda, na responsabilidade do coletivo[4] do professorado de civilizar a nova geração que irá povoar o mundo.
No dizer de Arendt (1989) “A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para expulsá-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum”.
Nós, professores e professoras, devemos assistir ao filme “Escritores da Liberdade” por várias razões: para que possamos inovar o ato de ensinar adequado à realidade cultural dos alunos; para que, além de ensinar, também possamos adotar uma atitude de pesquisa-ação com os grupos que se formam em sala de aula e na escola, quase sempre atraídos pela semelhança formando grupos narcísicos, cujo sintoma visível é a intolerância para com os demais; para que aprendamos a acolher e contextualizar as situações de vida dos alunos com as de outras vidas relatadas pela história da humanidade – que, através de um diário ou redação qualquer eles aprendam a significar suas histórias com outras histórias; para que os professores do nosso Brasil se empenhem mais-e-mais em ler literatura, porque só podemos cobrar dos alunos esse hábito se nós também nos habituamos a ler, isto é, se ler e compreender[5] já fazem parte de nossa virtude pessoal. (aquele que lê e compreende tem maior probabilidade de escrever suas próprias narrativas); para que os professores façam autocrítica sobre o quantum de paixão (ou libido) têm pelo trabalho com os alunos não deve necessariamente implicar a sua desatenção (ou desapaixonamento) para com os seus próximos: marido, esposa, filhos, etc.
Bom filme pra todos!!!
Raymundo de Lima
Formado em Psicologia, Mestre em Psicologia Escolar (UGF) e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor do Depto. Fundamentos da Educação, na área de Metodologia da Pesquisa, da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Filme: Escritores da liberdade (Original: Freedom Writers) País: EUA/Alemanha - Gênero: drama. Classificação: 14 anos. Duração: 123 min. Ano: 2007. Direção: Richard LaGravenese . Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher. Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April Lee Hernandez, Mario, Kristin Herrera, Jacklyn Ngan, Sergio Montalvo, Jason Finn, Deance Wyatt, Vanetta Smith, Gabriel Chavarria, Hunter Parrish, Antonio Garcia.
Sinopse: Hilary Swank é uma professora novata que tenta inspirar seus alunos problemáticos a aprender algo mais sobre tolerância, valorizar a si mesmos, investir em seus sonhos e dar continuidade a seus estudos além da escola básica. Também ela é ousada ao enfrentar os grupos formadores de gangs em sala de aula, levando-os a pensar sobre a formação e ideologia dos próprios.