"Cada vez mais ela não sabia explicar. Transformara-se
em simplicidade orgânica. E arrumara um jeito de
achar nas coisas simples e honestas a graça de um pecado.
Gostava de sentir o tempo passar. Embora não tivesse
relógio, ou por isso mesmo, gozava o grande tempo. Era
supersônica de vida. Ninguém percebia que ela ultrapassava
com sua existência a barreira do som. Para as pessoas outras
ela não existia. A sua única vantagem sobre os outros era
saber engolir pílulas sem água, assim a seco."
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