sábado, 8 de outubro de 2011

LENDA DE DIÓSCUROS ESPARTANOS

A lenda dos Dióscuros espartanos é de
origem indo-européia e reflete, em grande
parte, os arroubos e as aventuras próprios
dos jovens cavaleiros em idade de pegar
nas armas. Sua ligação com o espartano
Tíndaro e com Zeus parece ser um
desenvolvimento posterior. A palavra grega
"dióscuros" pode ser facilmente decomposta
em Diòs e koûroi, os " jovens / filhos de Zeus".
Na mitologia grega os Dioskouroi
(em grego, Διόσκουροι), Kastor and Polideuces
(Κάστωρ και Πολυδεύκης), na mitologia romana
the Gemini (em latim, "gêmeos") ou Castores,
Castor e Pólux eram os filhos gêmeos de Leda e
os irmãos de Helena e Clitemnestra. Kastor é o
grego para "castor", e poludeukeis/Pollux significa
"muito doce".
Para os gregos, os gêmeos Castor e Polideuces
nasceram dos amores de Zeus, na forma de um
cisne, e de Leda, esposa do rei de Esparta, Tíndaro.
Eram irmãos de Clitemnestra e de Helena de Tróia.
Segundo a lenda, Leda deu à luz dois "ovos": de um,
saíram Helena e Polideuces, filhos de Zeus; do outro,
Clitemnestra e Castor, filhos de Tíndaro.
Guerreiros bravos e poderosos, hábeis cavaleiros, os
dois irmãos eram inseparáveis. Participaram de
duas das mais famosas aventuras coletivas da
mitologia grega, a caçada ao Javali de Cálidon e a
expedição dos Argonautas; outras aventuras menos
famosas foram o roubo das leucípides, a expedição
contra a Ática e a disputa com os gêmeos da Messênia,
Idas e Linceu, seus primos. Eles eram filhos de Afareu,
um dos irmãos de Tíndaro, e também participaram da
aventura do javali e da expedição dos argonautas.
O rapto das leucípides relaciona-se com um curioso e
antigo costume da Lacônia, o roubo da noiva. Castor e
Polideuces roubaram as noivas prometidas a seus
primos antes do casamento. As moças eram Hilaíra e
Febe, as leucípides, filhas de Lêucipo, rei da Messênia
e irmão de Tíndaro e de Afareu. A história curiosamente
ficou por isso mesmo porque logo depois eles deram ao
pai das moças, seu tio, presentes mais valiosos que os de
Idas e Linceus.
Os dióscuros eram representados geralmente como dois
jovens cavaleiros, sempre juntos, usando uma espécie de
capacete oval (nas representações tardias, principalmente).
Seu símbolo, em Esparta, eram dois pilares verticais ligados
por duas traves horizontais (a dókana), associados
provavelmente a um rito de passagem da adolescência para
a vida adulta. Recorria-se a eles em busca da vitória em
batalha e na iminência de naufrágios; os marinheiros
consideravam o fogo-de-santelmo uma personificação
dos dióscuros e, portanto, um bom presságio.
O culto em Esparta se ligava particularmente aos dois
reis e à instituição da dupla monarquia; eram considerados
os protetores da cidade. Nos banquetes, para venerá-los,
os espartanos colocavam na mesa duas ânforas repletas de
cereais e se reservava em um banco, lado a lado, dois
lugares. Eram reverenciados igualmente em Olímpia e
Atenas; em Roma, onde eram muito populares, tinham
um templo no Forum desde -484.
Assim como os dióscuros, as leucípides tinham um santuário
em Esparta, perto de onde se acreditava que os dióscuros
tinham vivido
Tudo começou com Leda, que havia recentemente
desposado Tíndaro, herdeiro do reino de Esparta. Zeus,
fascinado com a beleza da jovem, deseja unir-se a ela,
mesmo sabendo que não seria aceito, sendo ela recém casada.
Assim, Zeus assume a forma de um belo cisne e se aproxima
de Leda quando ela se banhava num rio. A jovem põe o
animal no colo e o acaricia. Meses depois, Leda cai contraída
de dor e percebe que do seu ventre haviam saído dois ovos: do
primeiro, nascem Castor e Helena, do segundo, Pólux e
Clitemnestra. Em cada ovo um filho de Zeus, Helena e Pólux,
imortais, enquanto seus irmãos, filhos de Tíndaro, mortais
como qualquer ser humano.
Apesar de serem filhos de pais diferentes, Castor e Pólux
ficaram conhecidos como os Dióscuros (filhos de Zeus) e
cresceram juntos, nutrindo entre si a mais bela amizade.
Levados por Hermes à cidade de Pelene, no Peloponeso, os
irmãos logo mostraram-se fortes e corajosos. Castor
especializou-se em domesticar cavalos e Pólux tournou-se
um excelente lutador.
A região do Peloponeso onde moravam era assolada
por piratas que incessantemente pilhavam as ilhas e
amedrontavam o povo com sua violência desmedida. Castor
e Pólux decidem então livrar o arquipélago da ameaça e
derrotam o inimigo sozinhos e desarmados, feito que os tornou
conhecidos em toda a Grécia como grandes heróis.
Mal haviam retornado da guerra contra os piratas, Castor
e Pólux são chamados às terras do Calidão, onde seus pais
se conheceram, para matar um enorme e terrível javali,
enviado pela Deusa Afrodite do Amor, como vingança contra
o povo da região, que não lhe havia prestado as devidas
homenagens. Quando se revêem vitoriosos, os irmãos são
novamente convocados para mais uma missão: conquistar o
Velo de Ouro na viagem com Jasão e os Argonautas.
Em sua última aventura, pouco antes da Guerra de Tróia,
envolveram-se em nova disputa com os primos Idas e
Linceu por causa do produto de um roubo de gado na
Arcádia. Durante a briga, Castor foi morto por Idas e
Polideuces matou Linceu, mas ficou ferido. Idas atacou
então Polideuces, mas foi fulminado por Zeus, que desceu
do Olimpo e contou a Polideuces que ele era seu filho,
e imortal; Castor era apenas filho de Tíndaro, e mortal.
Polideuces (Pólux), porém, não quis separar-se do irmão,
Pólux recusou a imortalidade enquanto permanecesse
separado de seu irmão. Como Zeus, seu pai, não podia
convencer *Hades, o deus dos mortos a trazer Castor
de volta à vida,* , obteve a seguinte dádiva: os gêmeos
passariam um dia no Olimpo, entre os deuses, e um dia
no túmulo dos heróis, entre os mortos, no Reino de
Hades. Pólux concorda sem hesitações e a partir deste
instante os irmãos passaram a viver e morrer
alternadamente. Para celebrar tamanha prova de amor
fraterno, Zeus catasterizou os Dióscuros na constelação
de Gêmeos, onde não poderiam ser separados nem
pela morte.

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