Ver-te é verter-me de mim
Derramar-te
Sobretudo
...que me dizem
Do que não aconteceu
Do interdito argumentado
Por
contratos e silêncios
Limites... nos quais não caibo
Regras...
que irei burlar
Não sei viver de amores tortos
De contrato
embolorado
E clausulas a serviço
Da repressão que eu mesmo
Sei
impor-me... mais que devo
Meus amores são plurais
Meu coração
vagabundo
O meu limite é o mundo
Que às vezes cabe em teus olhos
-
às vezes não -
E é então que percorro
Meu livro de
impedimentos
E não encontro sentença
Que me proiba lembranças
Brotadas
de meus arquivos
De emoções a granel
Mesmo entendendo que
hoje
Tornei-me meu próprio dono
Menestrel de meus desejos
Domador
de meus lampejos
E impulsivas ações...
Mais de amor do que de
morte
Mais de dor do que de sorte
Quero repartir contigo
O
doce da liberdade
Da liberdade vaidosa
De Pássaro
desengaiolado
Mas que ao final de seus voos
Retorna rápido ao
ninho...
Pra então aconchegar-se
Em nossa falicidade...
Em
nossa felicidade
Desinventamos a tempo
O tempo da
hipocrisia
Já que o reino em que vivemos
Prefere amor ao cinismo
E
respeito... a convenções
sexta-feira, 18 de junho de 2010
ETERNO RETORNO
(Poema de Cado Selbach)
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