sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Yeda determina corte do ponto de quem fizer greve/VOLTA DA DITADURA????
com cheiro e gosto de um passado muito dolorido para os
brasileiros, a página 3 traz uma reportagem sobre o Decreto
nº 45.959, onde a governadora do Rio Grande do Sul,
Yeda Crusius, determina o corte do ponto dos servidores
públicos que venham a fazer greve.
Esta decisão autoritária e ditatorial, contraria o direito à greve
garantido aos trabalhadores, pois ocorrendo o registro
do servidor grevista,
o "chefe" (lembra as quadrilhas dos anos de ditadura),
deve comunicar a ocorrência ou seja,
" dedurar que seu colega fez greve",
à Procuradoria-Geral do Estado.
Lembremos que no Magistério Público Estadual
um dos poucos direitos que adquirimos foi a
escolha de Diretores de Escolas,
hoje chamados de Gestores e jamais de "chefe",
o que me lembra uma frase de Nietzsche,
"És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos".
O que me assusta???
O retorno ao passado, através da chantagem do medo.
O que espero?
Que logo depois dessa deteminação arbitrária e obtusa
não venha o CALE-SE...
E para não esquecer aquele tempo de perversa ditadura
nada melhorque um vídeo do Chico, fique com ele
e pense muito no que vem acontecendo no Rio Grande do Sul...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
LENINE-PACIÊNCIA(UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS)-café
não é o grito dos violentos,
nem dos corruptos,
nem dos desonestos,
nem dos sem-caráter,
nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons".
Martin Luther king
sábado, 25 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
PINTANDO MÚSICA...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára!...
A vida é tão rara!...
Lenine
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
POETANDO COM FERNANDO PESSOA...
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada
Mas ali fui feliz
Não digas nada."
Fernando Pessoa
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
CANTO FÚNEBRE SEM MÚSICA.
Assim é, será e foi desde tempos imemoriais: eles seguem pelas trevas,
os sábios e os belos. Coroando de liláses e de louros, eles partem; mas eu
não me conformo.
Amantes e pensadores, contigo dentro da terra, transformados na poeira
morna e cega. Um fragmento do que tu sentias, daquilo que tu sabias,
uma fórmula, uma frase apenas restou - mas o melhor está perdido.
As respostas rápidas e vivas, o olhar honesto, o riso, o amor - estes partiram.
Partiram para alimentar as rosas.
Os botões serão meigos, elegantes e perfumados. Eu sei.
Mas eu não aprovo. Mais preciosa era a luz em teus olhos que todas as rosas
do mundo.
Fundo, fundo, fundo na escuridão da cova docemente, os belos, os ternos, os
bons, calmamente eles descem, os inteligentes, os espirituais, os bravos. Eu sei.
Mas não estou de acordo. Eu não me conformo."
Canto Fúnebre Sem Música é de Edna St. Vincente Millay
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
FOTO SEBASTIÃO SALGADO/POESIA TOUCHÊ.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
PINTANDO MÚSICA!
Arnaldo Antunes e Alice Ruiz
Socorro já não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo.
Não vai dar mais p'ra chorar
Nem p'ra rir.
Socorro, alguma alma mesmo que penada,
Me empresta suas penas.
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada.
Socorro alguém me de um coração
Que este já não bate nem apanha
Por favor uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva
Socorro alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento
Encruzilhada
Socorro eu já não sinto nada
Socorro não estou sentindo nada.
sábado, 11 de outubro de 2008
O SABOR DO "PALAVRAR"...
POETANDO COM PAULO LEMINSKI...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
SAUDADE...
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
CUTINDO A ARTE POP DE ANDY WAHROL...
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
VISCONDE DE MAUÁ - 1994 - SOMATERAPIA
que ao conhecer Visconde de Mauá, fiquei apaixonada pela suas
belezas e ao chegar em Porto Alegre fiz alguns muitos versos à
esse lugar abençoado.
Visconde de Mauá (novembro/1994)
Ah! terra abençoada!
Pega firme na minha mão,
Ejacula em meu sangue tua alma anarquista
Sem fronteiras, nem divisas
Estranha orquídea aberta de rebeldia
Aqui ninguém tem preço
Nem dono, nem dano
Nem preferência, nem tampouco endereço
ou rótulo, ou código.
Me enlaça, me cobre
Sou tecida do mesmo fio que te tece
Essência do teu vôo
Que me liga a tua terra
E dela me faz presa livre
Tuas árvores cheias de pernas
Me enroscam, me enlaçam qual fita verde
Tu fostes feita p'ra mim
Do mesmo barro que fui feita p'ra ti
Cada átomo que a ti pertence
Também a mim pertence como vida
E por horas poucas, teu colo me abrigou
Avançando a passos largos
Tua terra de árvores líquidas
De montes cobertos de névoas
Onde a fúria natural jorra livre
E o amor é sempre amor
Onde nasce e morre as estações
Onde a trilha aponta o caminho
Explodindo em perfeição
Penetrou meu continente
Visconde de Mauá
Da pura beleza
Do mato cerrado
Dos morros tão altos
Do tão sem limites
Do que não admite cercas
Das muitas pedras envernizadas
Dos vários caminhos de tão difícil acesso
Te puseram neste Planeta
Para que todo esse verde me habite
E que toda essa magia me penetre
Como puro sêmen que deságua
Nas profundas entranhas de meu viver
De ti quero a cumplicidade da natureza
Tua pulsação, tuas muitas beiradas
Tuas frestas, tuas fendas
Teus estranhos e fundos sulcos
Quero arrancar meus enganos
E penetrar no teu feitiço
Me afundar em teu ventre verde
E mergulhar na doce profundiade
De teu coração escuro
Quero afundar meus pés em teu barro
Arranhar-me em tuas ramagens verdes e douradas
E me embrenhar em tua mata virgem
Leito dos muitos rios
Me leva na delícia da tua viagem eterna
Onde noite após cada noite vem a aurora
Vem, me afunda na tua terra
Para que eu germine
Me enrosca docemente nas tuas
Profundas raízes
Me arremessa na fúria das tuas
Embriagadouras cachoeiras
Descortinando os riscos do viver
Me abraça, me enlaça e me leva
Quero beber toda tua beleza
Quero sentir o prazer da tua chuva
Quero teu mel na minha boca escorrer
Quero rolar em gozo na tua grama
Quero o cheiro do teu mato
Quero me impregnar com teu musgo
E com teu musgo impregnar minhas víceras
Teu espaço como uma mão aberta
Não cabe na palma da minha mão
Mas nos sulcos do meu coração
Doído de tuas tantas belezas
Teus veios, teus passos, tuas sombras e trajetos
Em ternos segundos aprendi a ler e percorrer
Sinto que do mesmo estranho útero que te abriga
E que te cobre dessa transparência translucida
Fomos as duas feitas
Fomos feitas do mesmo cheiro de barro
De lodo, de lama
Da terra úmida, marrom e escura
Que gruda e acaricía
Daquilo tudo que nos envolve e enovela
Fomos feitas.
És berço de muitas fontes
De muitas águas quais cristais
Frescas e generosas
Que escorrem por entre tuas pedras
E se escondem na sabedoria da tua mata
Nem só de estrelas fostes feita minha Mauá
Também teus céus abrigam vaga-lumes
Brancas nuvens, prateada lua
Teu sol brilha amarelo como os girassóis de Van Gogh
E é para teus céus, teus rios
Tuas pedras, areias e musgos
Tuas velhas raízes e tua simples beleza
Que quero cantar meu mais novo amor
Pois no compasso descompassado de tua mata
Onde não acabas nunca
Aprendi que me encontro e me enfrento
Me enfrento e me fundo
No pulsar do teu mundo
E não me acabo nunca
Vou dasatar em ti o nó da minha garganta
E me plantar no teu solo
Me afundar para germinar livre e solta
Tal qual tuas trilhas abertas
Quietas e inquietantes
Sem falsas morais
E sem obtusas leis
Sem crenças e descrenças
Sem mitos e destitos
Ah! Visconde de Mauá
Segue livre, sempre em frente
Mundo inteiro.
"O vídeo abaixo é uma produção do Coletivo Anarquista Brancaleone
A Soma é uma terapia corporal, um corpo político e bioenergético, foi criada no início dos anos 70 pelo médico e escritor Roberto Freire. "
sábado, 4 de outubro de 2008
EU...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
PINTANDO MÚSICA...
Por pensar assim
Se eu sou muito louco
Por eu ser feliz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz.
Se eles são bonitos
Sou Alain Delon
Se eles são famosos
Sou Napoleão
Mais louco é quem me diz
E não é feliz.
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu.
Se eles têm três carros
Eu posso voar
Se eles rezam muito
Eu já estou no céu
Mais louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz.
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu.
Sim, sou muito louco
Não vou me curar
Já não sou o único
Que encontrou a paz
Mais louco é quem me diz
E não é feliz.
Não é feliz."
Arnaldo Baptista e Rita Lee
POETANDO COM LEMINSKI...
Movido a vento
Em noites de boemia
Vai vir o dia
Quando tudo o que eu diga
Seja poesia."
Leminski