segunda-feira, 30 de agosto de 2010

LAMENTO


"Asas cansadas de quem vem de longe,
sem bússola, sem mapa e calendário.
Navegando ao acaso, perdulário.
no gesto que marcou o teu silêncio.
No entanto teu amor imaginário
vinha de lábios cheios de ternura,
de carícias de mãos tão desiludidas
que foram no adeus interminável.
Meus olhos se perdiam nos teus olhos
e doce brisa pelo mar corria.
Tudo era leve como um dia claro:
era minha manhã, minha alegria.
Foste embora e levaste o itinerário,
sabendo que eu ficava e que eu morria."

(oliveiros litrento in Orfeu e a Ninfa)

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