REFLETINDO SOBRE A MENSAGEM DE UM AMIGO.
Um amigo passou a seguinte mensagem:
"Sou um cidadão do Mundo, o Mundo é minha cidade".
Logo lembrei da frase de Sócrates, que casualmente,
em um determinado tempo de minha faculdade, foi
citada por um professor de Filosofia e que ficou marcada
em minha memória até hoje: "Não sou ateniense,nem grego,
mas sim um cidadão do mundo".
Casualmente hoje lendo um livro do Mia Couto vi uma
mesagem de Hugo de St. Victor que me fez ficar
pensando muito nisso tudo, ela diz o seguinte:
"Quem acha doce a terra natal ainda é um tenro principiante;
aquele para quem toda a terra é natal já é forte;
mas é perfeito aquele para quem o mundo inteiro é um lugar
estrangeiro.
A alma tenra fixou seu amor num único ponto do mundo;
a pessoa forte estendeu seu amor em todos os lugares;
o homem perfeito extinguiu o seu".
E isso me remete a Fernando Pessoa, o eterno estrangeiro,
aquele que mesmo sem nunca ter saído de sua terra em
Portugal, e que na extinção de seu mundo alcançou a
perfeição em seu "palavrar".
Sendo uma cidadã do mundo, traço meus objetivos, em
que momento vou começar minha viagem ao estrangeiro.
Em que momento vou conseguir atravessar minhas fronteiras
interiores e me tornar um ser em perfeição.
Como diz Mia Couto em "O outro Pé da Sereia",
"A viagem acontece quando nos acordamos fora do corpo,
longe do único lugar onde podemos ter casa".
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