quinta-feira, 10 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
um dia
a gente ia ser Homero
a obra nada menos que uma ilíada
depois
a barra pesando
dava pra ser aí um rimbaud
um ungaretti um fernando pessoa qualquer
um lorca um éluard um ginsberg
por fim
acabamos o pequeno poeta de província
que sempre fomos
por trás de tantas máscaras
que o tempo tratou como a flores
Paulo Leminski
ORIENTE
manda-me
verbena ou benjoim no próximo crescente
e um
retalho roxo de seda alucinante
e mãos de
prata ainda (se puderes)
e se
puderes mais, manda violetas
(margaridas
talvez, caso quiseres)
manda-me
osíris no próximo crescente
e um olho
escancarado de loucura
(em
pentagrama, asas transparentes)
manda-me
tudo pelo vento:
envolto em
nuvens, selado com estrelas
tingido de
arco-íris, molhado de infinito
(lacrado
de oriente, se encontrares)
O Essencial da Década de
1970.
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