segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

[...]


"Foi então que eu descobri. Ela
está exatamente no mesmo lugar
que eu agora, pensando as mesmas
coisas, com preguiça de ir nos mesmos
lugares furados e ver gente boba, com a
mesma dúvida entre arriscar mais uma
vez e voltar pra casa vazia ou continuar
embaixo do edredon lendo mais algumas
páginas do seu mundo perfeito.
A verdade é que as pessoas de verdade estão
em casa. Não é triste pensar que quanto mais
interessante uma pessoa é, menor a chance
de você vê-la andando por aí?"
Tati Bernardi

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

[...]


“Eles se amam... Todo mundo sabe, mas ninguém
acredita... Não conseguem ficar juntos. Simples.
Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo
sua vidinha idealizada e ela continua idealizando
sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria
certo. Outros dizem que foram feitos um para o
outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem
meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela
quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa
nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão
vivendo até quando a vontade de estar com o outro
for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive
lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro.
E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que
o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se
tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil
porque os dias passam rápidos demais, é difícil
porque o sentimento fica, vai ficando e permanece
dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o
que fazer. (...) E que no momento certo se
reencontrem e que nada, nada seja por acaso...”


Tati Bernardi

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Caetano Veloso - Você é Linda (English Subtitles).mp4

VIVER SEM VOCÊ

Às vezes acordo com a boca seca que a vida
é amarga. Às vezes a chuva é repentina e me
pega sem abrigo. Às vezes bate uma agonia
lenta e o vento arrasta qualquer esperança
para muito além do longe.
Mas é verão quando chegas e, se chove, a
chuva é de estrelas.
Há um calor de verão na mornura dos teus
pelos. Como se trouxesses, em meio à
tempestade, estrelas e calmarias.
É pouco, porque num instante o dia fica feio.
Para no outro, o sol ser de janeiro.
Ao mesmo tempo, o tempo de um minuto, o
coração desalenta, quase arrebenta.
Há uma adaga que afaga e um punhal que
alimenta. Há um azul que transpira o que a
tarde inventa.
Quando tu chegas de amor a pele sufoca. Tanto,
tanto, tanto que eu morro do amor que me toca.
Quando vais embora, quem baterá a porta?
Quem abrigará o lírio do olhar? Quem amainará
o sono de pedra? Quem irá impedir o silêncio
de atravessar janelas e se assentar na sala?
Quem tem medo de amar com receios
de sofrer passa o tempo se escondendo. Eu não.
Quero que o amor estraçalhe, que a paixão
descarrile, que a palavra nunca atrapalhe.
Por que vens de longe, de um mundo que é
encantado. E chegas no meu mundo de
sombras, no meio das trevas, e a tua lua
e os teus mistérios se debruçam sobre mim.
E eu sonho que a única razão da vida é
existires, que não há razão nenhuma se
resistires. E eu me pergunto por que
demoraste tanto que eu já estou tão pouco?
Me pedes que eu fale da vida e a vida não
tem respostas. Sinto um perfume de
açucenas vindo das profundezas do mar.
Perfume que não se dá. Vida que não se faz.
Quem colocará os guizos na manhã? Quem
decifrará a palavra nas linhas da pele?
Quem coserá a seda quando o tempo se
romper? O amor?
Te levo nos desvarios do sonho e recordo
os teus azuis. Te carrego comigo na
garupa do meu coração. Não há magias,
não há folias que eu não faça: basta o teu
coração pedir. Não há pranto que não seque
quando olhas para mim. O coração dá
pinotes, o dia dá cambalhotas e o mundo
parece uma festa que não acaba jamais.
Teu corpo é minha pátria. E dele me sinto
exilado. Porque vens de longe, eu sei. De
um tempo de sobras. Poderias chegar de
amor, mas vens feito sereias trazendo a
morte em seus cantos.
Vens cansada e o que me resta é
adormecer-te. Fazer-te velejar pelo mar
da lua cheia em seu barco de cristal.
Ouço o som deste mar, som que acalma,
que desconsola; ouço o primeiro dos
gemidos que ao meu coração chegasse.
Grito, peço e canto: deixa que o coração
chacoalhe, que a manhã desembrulhe, que
a canção nos agasalhe!
Quem disse que eu sei viver sem você!

Sérgio Napp

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

[...]




"Eu tentei pensar em Deus. Mas Deus morreu faz muito tempo. Talvez
se tenha ido junto com o sol, com o calor. Pensei que talvez o sol, o
calor e Deus pudessem voltar de repente, no momento exato em que
a última chama se desfizer e alguém esboçar o primeiro gesto. Mas
eles não voltarão. Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem
mais."

CaioFAbreu


Maria Gadú e Pedro Aznar- 4.mov

Vitrines - Nani Medeiros

[...]

"A saudade é uma tatuagem na
alma: só nos livramos dela
perdendo um pedaço de nós."


Mia Couto

Lenine - O Silêncio das Estrelas (lyrics)

ANÍMICO

"Nossa história está escrita
dentro de cada célula
só não sabemos lê-la
ainda

dentro de nós existe
a resposta que buscamos
só que não a procuramos
bem

o nosso mais sábio
ainda e esconde da gente
e vamos nascer novamente
até saber"

Bruna Lombardi

"pode ser mais um capricho
pode ser uma paixão
pode ser coisa de bicho
pode não.
pode ser já por destino
pelos astros, pelos signos
por uma marca, uma estrela
talvez já estivesse escrito
na palma da minha mão.
talvez não...
talvez até nem fique
nem signifique nada
nem me arranhe o coração
pode ser só uma cisma
pode estar só de passagem
ou não."

Bruna Lombardi

Chico Buarque e Zizi Possi - Pedaço de Mim (com legenda)

"Você engole borboletas
eu tenho o sol na barriga
Você sempre anda de óculos
eu leio coisas antigas

Você vara a noite
eu desenho cataventos
Você gosta de ficção
eu tenho outros inventos

Você anda desligado
e eu busco perspectivas
Você me conta seus sonhos
e me ri e me cativa

Eu tenho medo da noite
Você ama a solidão
o meu amor se reflete
nas pupilas dos olhos de um cão

Você teoriza a matéria
e eu adoro hidratantes
Você quer a liberdade
e eu só vivo o instante

A gente faz uma viagem
e vê estrelas cadentes
e eu sonho um mar onde nado
e me afundo contra a corrente

Você geme e se revolta
e eu penso no seu beijo
e enquanto você conversa
me dói no corpo o desejo

me arde no corpo o desejo
eu me espreguiço me espicho
e me chego e te provoco
meio anjo meio bicho

Você me conta um segredo
eu te mostro um encanto
enquanto você toca flauta
desafinada eu canto

Você absorve a paisagem
eu procuro a maravilha
Você deixa alguns vestígios
e eu vou seguindo sua trilha

Você fala em liberdade
e eu me prendo no seu traço
você é abstrato divaga
eu te olho e te embaraço

Ando na rua devagar
Você corre na avenida
Você tem melancolia
eu tenho medo da vida

Você fala ao telefone
cercado dos seus amigos
eu passo os dias muito só
e só entendo depois que digo

De repente vem o encontro
sem que a gente entenda o nexo
eu te vejo e me compreendo
e me vejo em teu reflexo

Eu te transmito fluidos
de uma forte ligação
e recebo uma corrente
quando pego na tua mão

Você tem um magnetismo
eu sou dotada de magia
nossas auras se atraem
por uma questão de energia

Você cospe margaridas
tem o o mundo nas entranhas
eu fico horas olhando
o orvalho na teia de aranha

E a gente se precisa
como a um aditivo
numa coisa estranha a nós
sem razaão e sem motivo

São coisas trancendentais
é inútil que lhe diga
Você engole borboletas
eu tenho o sol na barriga."

Bruna Lombardi

sábado, 15 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

'Doces Bárbaros' no Fantástico - 1976

[...]

"Tô fazendo a minha parte: te
esperar. Faça a sua: chegue!"


CaioFernandoAbreu

[...]


"Não, não pergunte nada. Pense apenas

que, se um anjo bateu exatamente à sua
porta nesta época do ano, e se tão exato
entrou e sentou à sua frente, ninguém
melhor do que ele saberá, com exatidão,
o que fazer. Então espere."

CaioFAbreu

[...]

'E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a
falta que o outro faz. Nunca mais se viram,
nunca mais se tocaram e nunca mais serão
os mesmos. É fácil porque os dias passam
rápidos demais, é dificil porque o sentimento
fica, vai ficando e permanece dentro deles. E
todos os dias eles se perguntam o que fazer. E
imaginam os abraços, as noites com dores nas
costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro.
E que no momento certo se reencontrem e que
nada, nada seja por acaso."

(Caio Fernando Abreu)

[...]

Pôr-do-sol do Guaíba no Gasômetro fotografado por Alexandre Paranhos


"Hoje vi o sol nascer e se pôr. Depois vi a lua cheia,

cheíssima, nascer também. Lindo. Até bati um
papinho com não sei quem, pedindo luz pra mim,
pro planeta, pras pessoas."
CaioFAbreu

[...]

"Dessa vez não vou querer tudo de uma vez,
porque sempre acabo ficando sem nada no final.
Estou apostando minhas fichas em você e
saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou
neste momento frágil que não quer acabar.
Fiquei menos cafajeste, ...menos racional,
menos eu. E estou aproveitando pra tentar
levar algo adiante. Relacionamentos que não
saem da primeira página já me esgotaram, decorei
o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo. '

CaioFernandoAbreu'

[...]


"oi amor, toh chamando vc, me escuta: TE AMOOO

amor, saudade d vc
jah posso voltar agora?"

J.R.

[...]

"Nunca tinha sido tão intenso,
nem tão bonito. Nunca tinha
tido um jeito assim, tão forever."

CaioFernandoAbreu

[...]


"Amar o mesmo de si no outro
às vezes acorrenta, mas quando
os corpos se tocam as mentes
conseguem voar para bem mais
longe que o horizonte, que não
se vê nunca daqui."

CaioFAbreu

HORA DE ESQUECER

"Coração, vamos esquecê-lo!
Você e eu, nesta tarde!
Esqueça o calor que ele deu,
Que eu esqueço a luminosidade.
Quando acabar, avise, por favor,
Para que eu apague o pensamento!
Rápido! Enquanto você pulsar,
vou lembrar mais um momento."

Emily Dickinson

[...]


"Não tenho tido muito tempo ultimamente,

mas penso tanto em você que na hora de
dormir vezemquando até sorrio e fico
passando a ponta do meu dedo no lóbulo
da sua orelha e repito repito em voz baixa
te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois
sou eu quem dorme e sonha, sonho com os
anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo
do mar."
CaioFAbreu

terça-feira, 11 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


'Mais do que querer você de volta, eu me
quero de volta, quero a felicidade nos
meus olhos mirados em você. Eu quero
a gente, eu quero tudo de novo, eu quero
as coisas antigas, as primeiras, todas! Me
devolve seu sorriso? Parece que eu não te
faço mais sorrir, assim eu desespero mesmo.
É uma resposta simples pra uma pergunta
simples: Você vai voltar?'


CaioFAbreu

Maria Bethânia - O que tinha de ser

sábado, 8 de outubro de 2011

te espero

Fábrica de Poemas - Tema de Alice

Skank - Vamos Fugir - Let's Run Away! - Commercial Rider

CAIO FERNANDO ABREU

"...de setembro último. Era um daqueles dias
de ventania descabelada da primavera gaúcha,
e Déa Martins me convidou para ver o pôr-do-sol
na Ponta do Gasômetro, na beira do Guaíba, onde
os Oxuns se encontram. Sentamos na grama, ficamos
olhando o céu, o rio, o horizonte verde das ilhas.
(...)
O que quero dizer é que não houve mesmo nada
especialmente prévio. Nenhum aviso, nenhuma suspeita.
“Aconteceu sem um sino pra tocar”, como no poema do
príncipe Péricles Cavalcanti que Adriana Calcanhoto canta
e outro dia me fez chorar de beleza. Ríamos muito,
isso é sempre o melhor...
O vento espalhava rapidamente as nuvens pelo céu.
Dissolviam-se em fiapos primeiro brancos, depois rosa,
depois vermelho cada vez mais púrpura, até o violeta,
enquanto o Sol ia-se transformando aos poucos numa
esfera rubra suspensa..."

EU TROCARIA...

"Trocaria a memória de todos os beijos
que me deste por um único beijo teu.
E trocaria até esse beijo pela suspeita de
uma saudade tua, de um único beijo que te dei."

Miguel Esteves Cardoso

MAS VENHA...


"venha como voce quiser

de salto
de chinelo
de pé no chão rs"

J.R.

Nei Lisboa - Confissão

"Parece duas loucas, a tua
ausência e a minha saudade,
discutindo a nossa realidade,
contestando esta estúpida
solidão vivida a dois."


Cyl Gallindo

Vinícius de Moraes


"Alguém que me espia do fundo da noite
Com olhos imóveis brilhando na noite
Me quer.
Alguém que me espia do fundo da noite
(Mulher que me ama, perdida na noite?)
Me chama.
Alguém que me espia do fundo da noite
(És tu, poesia, velando na noite?)
Me quer.
Alguém que me espia do fundo da noite"

Dueto

GEMINIANOS...


"Cada vez que eu olhava pro céu, eu achava

estranho que houvesse tantos tipos de astros.
Jamais alguém me explicou o porque dos
cometas. Por que tão perdidos? Por que essa
dependência que lua tem do sol pra brilhar?
Por quê que as constelações jamais se separavam,
mas jamais podiam estar pertinho. Aquilo me
assustava. Eu tinha medo que fossem símbolos.
Símbolos de nós. Da solidão que nós temos, como
os cometas. E aí eu pensava nos meus amigos.
Havia quem fosse como o sol. Que brilhasse como
o sol, independendo de tudo. Havia quem fosse
cometa, voando rápido como os cometas. E havia
quem fosse a lua. Ele era a lua. E lhe haviam dado
o destino do sol. Mas ele era lua, ele não queria ser
sol. Ele queria ser do sol. Queria ser do sol apenas um
espelho. Ele nunca conseguiu ser sol. Ele era a lua."

Oswaldo Montenegro

CAIO FERNANDO ABREU

"Que seja doce a leveza que sentirei a seu
lado. Que seja doce a ausência do meu
medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja
doce o modo como você irá segurar na minha
mão. Que seja doce. Que sejamos doces."

PARA QUE SEJAMOS NECESSÁRIOS

Transfere de ti para mim essa dor
de cabeça, esse desejo, essa violência
Que careça em ti o meu excesso
e que me falte o que tu tens de sobra

Que em mim perdure o que me morre cedo
e que te permaneça o que tenho perdido
Que cresça, se desenvolva um teu sentido
que em mim desapareça.

Dá-me o que de possuir tu não te importas
E eu multiplico o que te falta e em mim existe
para que nosso encaixe forme uma unidade-indivisível-
que não se possa subtrair uma metade.

Bruna Lombardi

LENDA DE DIÓSCUROS ESPARTANOS

A lenda dos Dióscuros espartanos é de
origem indo-européia e reflete, em grande
parte, os arroubos e as aventuras próprios
dos jovens cavaleiros em idade de pegar
nas armas. Sua ligação com o espartano
Tíndaro e com Zeus parece ser um
desenvolvimento posterior. A palavra grega
"dióscuros" pode ser facilmente decomposta
em Diòs e koûroi, os " jovens / filhos de Zeus".
Na mitologia grega os Dioskouroi
(em grego, Διόσκουροι), Kastor and Polideuces
(Κάστωρ και Πολυδεύκης), na mitologia romana
the Gemini (em latim, "gêmeos") ou Castores,
Castor e Pólux eram os filhos gêmeos de Leda e
os irmãos de Helena e Clitemnestra. Kastor é o
grego para "castor", e poludeukeis/Pollux significa
"muito doce".
Para os gregos, os gêmeos Castor e Polideuces
nasceram dos amores de Zeus, na forma de um
cisne, e de Leda, esposa do rei de Esparta, Tíndaro.
Eram irmãos de Clitemnestra e de Helena de Tróia.
Segundo a lenda, Leda deu à luz dois "ovos": de um,
saíram Helena e Polideuces, filhos de Zeus; do outro,
Clitemnestra e Castor, filhos de Tíndaro.
Guerreiros bravos e poderosos, hábeis cavaleiros, os
dois irmãos eram inseparáveis. Participaram de
duas das mais famosas aventuras coletivas da
mitologia grega, a caçada ao Javali de Cálidon e a
expedição dos Argonautas; outras aventuras menos
famosas foram o roubo das leucípides, a expedição
contra a Ática e a disputa com os gêmeos da Messênia,
Idas e Linceu, seus primos. Eles eram filhos de Afareu,
um dos irmãos de Tíndaro, e também participaram da
aventura do javali e da expedição dos argonautas.
O rapto das leucípides relaciona-se com um curioso e
antigo costume da Lacônia, o roubo da noiva. Castor e
Polideuces roubaram as noivas prometidas a seus
primos antes do casamento. As moças eram Hilaíra e
Febe, as leucípides, filhas de Lêucipo, rei da Messênia
e irmão de Tíndaro e de Afareu. A história curiosamente
ficou por isso mesmo porque logo depois eles deram ao
pai das moças, seu tio, presentes mais valiosos que os de
Idas e Linceus.
Os dióscuros eram representados geralmente como dois
jovens cavaleiros, sempre juntos, usando uma espécie de
capacete oval (nas representações tardias, principalmente).
Seu símbolo, em Esparta, eram dois pilares verticais ligados
por duas traves horizontais (a dókana), associados
provavelmente a um rito de passagem da adolescência para
a vida adulta. Recorria-se a eles em busca da vitória em
batalha e na iminência de naufrágios; os marinheiros
consideravam o fogo-de-santelmo uma personificação
dos dióscuros e, portanto, um bom presságio.
O culto em Esparta se ligava particularmente aos dois
reis e à instituição da dupla monarquia; eram considerados
os protetores da cidade. Nos banquetes, para venerá-los,
os espartanos colocavam na mesa duas ânforas repletas de
cereais e se reservava em um banco, lado a lado, dois
lugares. Eram reverenciados igualmente em Olímpia e
Atenas; em Roma, onde eram muito populares, tinham
um templo no Forum desde -484.
Assim como os dióscuros, as leucípides tinham um santuário
em Esparta, perto de onde se acreditava que os dióscuros
tinham vivido
Tudo começou com Leda, que havia recentemente
desposado Tíndaro, herdeiro do reino de Esparta. Zeus,
fascinado com a beleza da jovem, deseja unir-se a ela,
mesmo sabendo que não seria aceito, sendo ela recém casada.
Assim, Zeus assume a forma de um belo cisne e se aproxima
de Leda quando ela se banhava num rio. A jovem põe o
animal no colo e o acaricia. Meses depois, Leda cai contraída
de dor e percebe que do seu ventre haviam saído dois ovos: do
primeiro, nascem Castor e Helena, do segundo, Pólux e
Clitemnestra. Em cada ovo um filho de Zeus, Helena e Pólux,
imortais, enquanto seus irmãos, filhos de Tíndaro, mortais
como qualquer ser humano.
Apesar de serem filhos de pais diferentes, Castor e Pólux
ficaram conhecidos como os Dióscuros (filhos de Zeus) e
cresceram juntos, nutrindo entre si a mais bela amizade.
Levados por Hermes à cidade de Pelene, no Peloponeso, os
irmãos logo mostraram-se fortes e corajosos. Castor
especializou-se em domesticar cavalos e Pólux tournou-se
um excelente lutador.
A região do Peloponeso onde moravam era assolada
por piratas que incessantemente pilhavam as ilhas e
amedrontavam o povo com sua violência desmedida. Castor
e Pólux decidem então livrar o arquipélago da ameaça e
derrotam o inimigo sozinhos e desarmados, feito que os tornou
conhecidos em toda a Grécia como grandes heróis.
Mal haviam retornado da guerra contra os piratas, Castor
e Pólux são chamados às terras do Calidão, onde seus pais
se conheceram, para matar um enorme e terrível javali,
enviado pela Deusa Afrodite do Amor, como vingança contra
o povo da região, que não lhe havia prestado as devidas
homenagens. Quando se revêem vitoriosos, os irmãos são
novamente convocados para mais uma missão: conquistar o
Velo de Ouro na viagem com Jasão e os Argonautas.
Em sua última aventura, pouco antes da Guerra de Tróia,
envolveram-se em nova disputa com os primos Idas e
Linceu por causa do produto de um roubo de gado na
Arcádia. Durante a briga, Castor foi morto por Idas e
Polideuces matou Linceu, mas ficou ferido. Idas atacou
então Polideuces, mas foi fulminado por Zeus, que desceu
do Olimpo e contou a Polideuces que ele era seu filho,
e imortal; Castor era apenas filho de Tíndaro, e mortal.
Polideuces (Pólux), porém, não quis separar-se do irmão,
Pólux recusou a imortalidade enquanto permanecesse
separado de seu irmão. Como Zeus, seu pai, não podia
convencer *Hades, o deus dos mortos a trazer Castor
de volta à vida,* , obteve a seguinte dádiva: os gêmeos
passariam um dia no Olimpo, entre os deuses, e um dia
no túmulo dos heróis, entre os mortos, no Reino de
Hades. Pólux concorda sem hesitações e a partir deste
instante os irmãos passaram a viver e morrer
alternadamente. Para celebrar tamanha prova de amor
fraterno, Zeus catasterizou os Dióscuros na constelação
de Gêmeos, onde não poderiam ser separados nem
pela morte.

Gêmeos/Libra
Dois signos de ar costumam funcionar e vibrar
na mesma freqüência. Ambos mentais podem
promover ricas trocas mentais e intelectuais
durante muito tempo. O refinamento de
Libra tende a encantar os geminianos
instantaneamente. Assim como a agilidade
mental de Gêmeos pode deixar os librianos
extasiados. Um ponto que pode unir muito esses
dois signos é o amor pela arte, pelas atividades
intelectuais e sociais, que certamente não vão
faltar durante esta união. Ambos são
independentes e cada um saberá dar a liberdade
necessária ao outro. No entanto, Libra é regido
por Vênus, a deusa do amor, e seu romantismo
ultrapassa o interesse e as necessidades de Gêmeos,
um signo antes de tudo, mental. No entanto, o
charme, a capacidade de sedução, a tolerância e
compreensão com os limites alheios de Libra
encantarão cada vez mais nosso amigo de gêmeos,
que certamente pode até pensar em abrir algumas
concessões e construir uma relação mais estável.

"sonha comigo meu amor

fantasia
a melhor parte é agora
essa sede um do outro"

J.

"guardei pra vc todo meu amor, minhas músicas,
poesias, tudo, sempre soube q vc chegaria um dia"

J.

Um Rascunho

Lugares Proibidos

CAIO FERNANDO ABREU

"Dentro de mim guardo sempre teu rosto
e sei que, por escolha ou fatalidade, não
importa, estamos tão enredados que seria
impossível recuar para não ir até o fim e o
fundo disso que nunca vivi antes..."

MARIO QUINTANA


“A vida fica muito mais fácil se
a gente sabe onde estão os beijos de que precisamos.”

DRUMMOND


"Não precisas de presentes

Nem rimas,
nem flores,
nem nada.
Basta trazeres o que sentes,
E chegares de madrugada.
Perde as mãos pelo meu corpo,
Faz-me calar com um beijo,
Como se eu fosse o teu porto,
E tu meu mar de desejo."

"Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejeiras."

Pablo Neruda
"Procuro dizer o que sinto
sem pensar em que o sinto
(...)
Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que ensinaram,
e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

Alberto Caeiro


Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.

Fernando Pessoa

FERNANDO PESSOA

"Deixo ao cego e ao surdo
A alma com fronteiras
Que eu quero sentir tudo
De todas as maneiras."

Ontens e hojes, amores e ódio,
adianta consultar o relogio?
Nada poderia ter sido feito,
a não ser o tempo em que foi lógico.
Ninguém nunca chegou atrasado.
Bençãos e desgraças
vem sempre no horário.
Tudo o mais é plágio.
Acaso é este encontro
entre tempo e espaço
mais do que um sonho que eu conto
ou mais um poema que faço?

Paulo Leminski